Caso Vai de Bet: Cassundé esteve na sede do Corinthians no dia em que transferiu valores ligados ao PCC
Presença no Parque São Jorge confirmada por dados de celular

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O empresário Alex Cassundé, apontado como peça central no escândalo do caso Vai de Bet, esteve no Parque São Jorge, sede do Corinthians, no mesmo dia em que iniciou a transferência de parte da comissão que havia recebido — valores que, segundo delação, acabaram vinculados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação foi inicialmente publicada pela CNN e confirmada pelo Lance!.
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Segundo o Relatório Técnico Parcial de Análise de Dados Financeiros Bancários, no dia 25 de março de 2024, Alex Cassundé transferiu R$ 580 mil para a empresa Neoway, apontada pela investigação como uma empresa de fachada. Na mesma data, o empresário não informou às autoridades que esteve pessoalmente na sede do Corinthians.
“É imperativo acentuar a presença de uma evidência das mais relevantes para o contexto investigatório… No dia que a Rede Social (empresa de Cassundé) fez a primeira transferência à Neoway, Alex Fernando André (nome verdadeiro de Cassundé), surpreendentemente, esteve presente no Parque São Jorge”, aponta trecho do relatório assinado pelo delegado Tiago Fernando Correia.
A presença de Cassundé no local foi confirmada por meio do cruzamento de dados de Estação Rádio Base (ERB), tecnologia que permite identificar a localização de um aparelho celular com base nas antenas da região. Segundo o relatório, o sinal do celular dele foi captado nas proximidades do Parque São Jorge entre 15h57 e 16h18.
Os investigadores apuram o caminho do dinheiro que, conforme delação de Vinícius Gritzbach — morto em novembro de 2024 no Aeroporto de Guarulhos — teria saído de Cassundé, passado pela Neoway e chegado a contas ligadas à facção criminosa.

Caso Vai de Bet
Desde o ano passado, outros membros da política do Corinthians prestaram depoimento como testemunhas, foram os casos de Osmar Stábile, primeiro vice-presidente do clube, e Luiz Ricardo Alves, conhecido como Seedorf, ex-diretor adjunto do departamento financeiro.
A Polícia Civil investiga repasses de valores da comissão envolvendo o acordo de patrocínio da Vai de Bet com o Corinthians, que durou de janeiro a junho de 2024, o primeiro ano da gestão de Augusto Melo na presidência do clube alvinegro.
Os repasses são avaliados em R$ 900 mil da Rede Social Media Design, intermediadora do acordo de patrocínio, à Neoway Soluções Integradas de Serviços LTDA, uma empresa supostamente fantasma registrada em nome de Edna Oliveira do Santos, moradora de Peruíbe, que afirma desconhecer qualquer pessoa jurídica vinculada a ela.
O patrocínio previa o pagamento de R$ 370 milhões, um dos maiores acordos do futebol sul-americano, foi rompido unilateralmente pela VaideBet, após o acionamento de uma cláusula anti-corrupção.
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