TJRJ é acionado com pedido de anulação da eleição do Vasco

Alan Belaciano, advogado ligado a Julio Brant, do grupo 'Sempre Vasco', fez movimentação em ação que foi distribuída a 28ª Vara Cível. Decisão liminar pode sair a qualquer momento

A urna 7 é a responsável pela polêmica. Com ela, Eurico ganha. Sem ela, quem ganha é Brant. Veja galeria a seguir
J RICARDO / AGENCIA FREELANCER

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Ainda não acabou a eleição do Vasco, com a primeira parte realizada em novembro de 2017. Advogado ligado a Julio Brant, líder do grupo "Sempre Vasco" e ex-candidato no pleito, Alan Belaciano entrou com pedido em ação distribuída nesta quinta-feira na 28ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) para anular toda a eleição, que culminou com a vitória de Alexandre Campello. O pedido é de tutela provisória com alegações de fraude. A decisão liminar pode sair a qualquer momento.

Antes da Copa do Mundo, Alan Belaciano fez o mesmo pedido em ação na 52ª Vara Cível, a que anulou a polêmica urna 7 da primeira parte da eleição do Vasco, mas a magistrada Maria Cecília Pinto Gonçalves, na oportunidade, não julgou o mérito pelo fato de o pedido inicial não ter sido este. Para isso, o ajuizamento de uma nova ação se fez necessário, e com livre distribuição, o que fez com que neste novo ingresso, no sorteio, caísse na 28ª.

Vale destacar que este pedido de anulação da eleição não tem ligação com o processo do "caso HD" do Vasco. Foram apresentadas novas provas no pedido inicial. A considerada mais robusta entre os envolvidos é um depoimento de uma ex-funcionária do clube em São Januário, fornecido para a Delegacia de Defraudações da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, em inquérito com o comando da delegada Patricia de Paiva Aguiar ao lado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Ela confessou ter participado do esquema de fraude do último pleito cruz-maltino.

Outro ponto que vale destacar é que além disto, outras provas para sustentar o pedido foram apresentadas na Justiça. Um exemplo é o conjunto de dez áudios juntados ao processo, colhidos em uma pesquisa eleitoral telefônica realizada em setembro pelo grupo do então candidato Alexandre Campello - antes de se juntar com Julio Brant - que os mesmos afirmaram não serem sócios do clube, mas nas atas da eleição constavam suas assinaturas como sócios votantes.

As investigações nas datas de admissão, inclusive, passaram a serem feitas para antes de 2015, na ex-gestão de Roberto Dinamite, por suspeita de retroatividade maior dos envolvidos nas atuais possíveis irregularidades na tentativa de dificultar a obtenção de provas judicialmente. Além do pedido da anulação total da eleição do Vasco, há outros como o afastamento imediato dos 30 conselheiros eleitos pela Chapa Azul, de Eurico Miranda, que ficou em segundo lugar com a anulação da urna 7.

Completam os pedidos o fato de todos os integrantes ligados a Chapa Azul para que sejam excluídos da possibilidade de participar da nova eleição do Vasco, a ata do pleito ser retificada, posse imediata dos conselheiros da Chapa Branca - de Fernando Horta, terceiro lugar com a anulação da urna 7 -, e anulação de todos os atos do Conselho Deliberativo realizados este ano, com uma nova convocação em até 60 dias.

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