Eleição para presidente do Vasco começa agitada e com conflitos

Membros de mesa de Assembleia pedem a impugnação da votação deste sábado<br>

Mussa
Mussa&nbsp;foi um dos que assinaram a ata de abertura das eleições deste sábado (Foto: Luiz Portilho)

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Os sócios do Vasco voltam a escolher o presidente do clube para o período entre 2021 e 2023 neste sábado. O pleito teve início às 9h e ocorre de forma online ou presencial na sede do Calabouço, no Centro do Rio, até as 22h. O motivo da realização desta votação é a suspensão do pleito presencial de uma semana atrás, em São Januário, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Apenas os candidatos Julio Brant, da chapa "Sempre Vasco", e Jorge Salgado, da "Mais Vasco", disputam a eleição neste sábado. O atual presidente do clube, Alexandre Campello, da "No Rumo Certo", Sergio Frias, da "Aqui é Vasco", e Luis Roberto Leven Siano, da "Somamos", retiraram a candidatura após a decisão do STJ.

Ao todo, 3.117 sócios foram aprovados para votar. Foi formado um comitê para analisar os casos reprovados. Somente se receberem aval do presidente da Assembleia Geral, Faues Mussa, e dos representantes das duas chapas, os sócios reprovados poderão votar.

Pedido de impugnação

Apenas Mussa e o secretário Ricardo Figueiredo assinaram a ata de abertura das eleições deste sábado. O presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, o presidente do Conselho de Beneméritos, Silvio Godoi, o vice-presidente da Assembleia Geral, Alcides Martins, e o vice-presidente da Assembleia Geral, Sergio Romay, se recusaram a assinar o documento.

Por volta das 10h, Romay, Martins e Monteiro apresentaram uma Ata de Abertura e Encerramento dos Trabalhos, para impugnar a votação deste sábado.

- Entendemos que está eleição não está formatada nos moldes do estatuto do clube nem nos moldes de segurança do processo que o vascaíno espera - disse Roberto Monteiro.

Eles pedem que o resultado de semana passada seja reconhecido. Nele, 3.447 dos cerca de 9.200 sócios com direito a voto exerceram esse direito. Leven Siano saiu vencedor, com 1.155 votos, seguido por Jorge Salgado (921), Júlio Brant (862), Alexandre Campello (336) e Sérgio Frias (153).

Mussa se recusou a assinar a ata de encerramento e bancou a votação deste sábado. A tendência é que haja mais disputas judiciais no decorrer dos próximos dias.

- Estou cumprindo a ordem judicial. O Vasco precisa de tranquilidade, mais isso não está ocorrendo. O presidente do Conselho Deliberativo não quer colaborar. Ele não assinou a nossa ata, e eu não assinei a dele - disse Mussa.

Candidatos já votaram

A movimentação de pessoas neste sábado é bem menor do que há uma semana. O ambiente é bem mais tranquilo também.

Brant votou de forma presencial por volta das 10h40. Jorge Salgado optou por votar pela internet, pouco antes de chegar ao Calabouço para acompanhar o processo.

Apoiador de Brant, o ex-lateral Felipe esteve no Calabouço para votar, por volta das 11h, e cumprimentou Salgado.


Entenda o caso

Inicialmente, a eleição estava marcada para sábado passado. No dia 3, porém, os cinco candidatos inscritos decidiram em reunião pelo adiamento do pleito. Naquele encontro, que contou com a presença do presidente do Conselho de Beneméritos, Silvio Godói, a data sugerida foi 21 de novembro, mas isso não foi fechado.

No mesmo dia 3, a juíza Debora Maria Barbosa Sarmento, da 7ª Vara Cível, decidiu que o pleito ocorreria neste dia 14 de forma 100% virtual, acatando o pedido do presidente da Assembleia Geral do clube, Faués Mussa.

Na noite do dia 6, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), acatou o pedido de Leven Siano e do presidente do Conselho Deliberativo do Vasco, Roberto Monteiro, e manteve o pleito para o dia 7, de forma presencial em São Januário.

Mussa recorreu ao STJ e, no início da noite do dia 7, quando a eleição presencial transcorria desde as 10 horas, esta instância suspendeu o pleito. O modelo atual de votação foi convocado por Mussa na última terça-feira.

Na última sexta-feira, Leven Siano recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manter o resultado da votação presencial. A ministra Cármen Lúcia, porém, negou prosseguimento ao pedido do ex-candidato.

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