Presidente da CBT afirma ter condições de bancar CT em Centro Olímpico de Tênis

Lacerda saiu confiante após 1ª reunião com prefeito do Rio de Janeiro

Jorge Lacerda com Maria Esther Buenos, Luiz Fernando Pezão e Eduardo Paes
Jorge Lacerda com Maria Esther Buenos, Luiz Fernando Pezão e Eduardo Paes. Crédito: Christiano Andujar

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Nos últimos dias o Centro de Tênis foi o primeiro local do Parque Olímpico a ser testado para os Jogos de 2016 no Rio de Janeiro e a Confederação Brasileira de Tênis segue em busca de fazer do local no tão sonhado Centro de Treinamento nacional.

Em bate-papo com o Lancenet!, Jorge Lacerda, presidente da entidade afirmou que já teve uma primeira reunião com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o qual saiu confiante que o projeto da Confederação Brasileira possa ser aprovado para ganhar a concessão e explorar o local transformando em um CT.

Ao todo o governo federal gastou mais de R$ 164 milhões para a construção do Centro Olímpico que ficará com 16 quadras, sendo 10 para jogos na Olimpíada e o restante para treinamentos. A obra será concluída em maio com o estádio fixo para 10 mil e mais duas arquibancadas temporárias para 5 e 3 mil pessoas.

A CBT destacou que a viabilidade financeira para a manutenção e exploração do local está garantida através de parcerias com seus principais patrocinadores: "Apresentamos um projeto em parceria pela Estácio, o COB nos passou os levantamentos de custos, a Estácio ajudou a aprimorar isso, a Octagon Internacional nos ajudou no escopo do projeto, conversamos com o Joaquin que é da empresa municipal olímpica, com o prefeito, apresentamos o projeto econômico que podemos assumir sem onerar o governo com o apoio da Estácio, dos Correios conseguimos manter o local", disse Lacerda.

Apesar de insistentemente ser perguntado pela reportagem, o presidente da CBT não soube falar em valores o qual a prefeitura calculou em mais de R$ 10,6 milhões por mês, mas afirmou ter viabilidade para tocar o projeto: "Não falamos em valor pois teremos custos de luz, água, o custo real temos que avaliar com a prefeitura com possíveis variáveis, mas temos o escopo disso".

O projeto da CBT inclui a vinda da Tennis Route, academia situada no Atlântico Sul, no Recreio dos Bandeirantes, fora a inclusão de Centros regionais e a mudança da sede da entidade para o local - atualmente a CBT está em São Paulo. A entidade que completa 60 anos planeja a construção de quadras de saibro no restante de espaço que estará disponível: "Ao final das Olimpíadas e Paralimpíadas vão ser destruídas algumas quadras pois tem outro projeto e o local ganharia mais um espaço pra conseguir de quatro até cinco quadras. Se der certo se o prefeito ceder a concessão pra gente, essaa quadras a serem construídas já fazermos saibro e só com isso já conseguimos fazer eventos".

Jorge se mostrou bem confiante no primeiro contato com o prefeito e sonha em realizar o que é feito na Federação Francesa de Tênis. Além do espaço para o alto rendimento, grandes eventos seriam realizados e a população teria acesso pagando preços baixos anuais como acontece em diversos locais do mundo.
"A reunião com a prefeitura foi bastante boa pois viemos com a parte financeira pra fechar. Sai confiante pois o prefeito foi bem direto, o terreno é da prefeitura e verba do Governo do Federal. Ele me falou, olha, vocês vão bancar ? Dissemos que sim, temos um projeto e estamos pra marcar a segunda reunião pra por no papel fechando o projeto que seja bom pra todo mundo. Estamos apresentando algo que é bom pra todos e pro tênis, estamos querendo isso desde 2007 quando teve o Pan-Americano. Conseguindo isso a CBT viria pro RJ, os grandes eventos, a Copa Davis faríamos aqui, usar a estrutura ao invés de gastar dinheiro alto pra fazer em outros lugares. Agora o prefeito que dá a sequência, não tem data pra fechar ou um rito, esse local só será liberado pra outubro ou novembro, quem tem que dar o timing é o prefeito."

"A Confederação quer que essa seja a casa do tênis brasileiro. O que poderia ser feito aqui depois em parceria com o governo seria projetos comunitários, mas verba específica pra manutenção seria desnecessária trabalhando em nossa situação de hoje da Confederação".

"As quadras serão públicas. Algo parecido com as da Federação Francesa, Roland Garros que tem um parque público da prefeitura de Paris cedida para a FFT por 50 anos e o do US Open é cedido também. Quando fizemos a Copa Davis de 2001 construídos quadras para a Federação Catarinense e até hoje funciona como clube público-popular. A ideia é transformar no público-popular cobrando um pequeno valor com horários específicos para poder usar, os grandes eventos poderiam vir pra cá. O Rio Open que gasta um valor alto pra montar a estrutura no Jockey, calculo que seja mais de 5 milhões pra fazer e desfazer e poderia usar aqui. Quando vem pra CBT o local não é privatizado e que vire uma área pra ser usado pela população."

As quadras olímpicas serão utilizadas para os Jogos até o fim de setembro quando se encerra a paralimpíada. O presidente da CBT espera que depois das limpezas, no fim de 2016, o local esteja disponível, caso a entidade ganhe a cessão do governo carioca.

Prefeito do Rio, Paes afirmou: "Devemos fazer uma parceria público-privada, a pior coisa é manter se deixar na mão do governo isso aqui despenca, quebra a cadeira, falta papel higiênico no banheiro", afirmou o enfático prefeito carioca.

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