Times brasileiros na Sul-Americana contam com 44 profissionais estrangeiros

Nesta quarta-feira (5), o sorteio organizado pela Conmebol apresentou os confrontos das oitavas de final da competição

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Calleri celebra gol pelo São Paulo na Sul-Americana (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)

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Sete clubes brasileiros seguem em busca do título da Copa Sul-Americana: Fortaleza, Goiás, América-MG, Corinthians, São Paulo, Red Bull Bragantino e Botafogo. Ao todo, as equipes nacionais apresentam 44 estrangeiros em seu plantel, contando atletas e treinadores. São Paulo, Red Bull Bragantino, Fortaleza e Goiás estão garantidos nas oitavas de final. Já Botafogo, América-MG e Corinthians ainda precisarão passar pelos playoffs para garantir presença na próxima fase da segunda competição mais importante do continente.

Todos os times brasileiros que participam do torneio contam com jogadores nascidos em outros países. Quem lidera essa lista é o São Paulo, que tem 10 atletas gringos em seu elenco: Alan Franco (Argentina), Galoppo (Argentina), Calleri (Argentina), Michel Araújo (Uruguai), Gabriel Neves (Uruguai), Arboleda (Equador), Jhegson Méndez (Equador), Nahuel Ferraresi (Venezuela), Marcos Paulo (naturalizado português) e João Moreira (naturalizado português).

Com o fenômeno dos técnicos estrangeiros no Campeonato Brasileiro, 35% dos treinadores da Série A são gringos. Ao contar somente os times nacionais da Copa Sul-Americana, o valor é de 28%, uma vez que apenas dois clubes - Goiás e Fortaleza - possuem comandantes de outras pátrias.

O Goiás contratou o português Armando Evangelista que, na temporada 22/23 alcançou a quinta colocação no Campeonato Português, com o Arouca. O presidente do esmeraldino, Paulo Rogério Pinheiro, explica a escolha do técnico: “Já monitorávamos o bom trabalho que ele vinha realizando em temporadas anteriores. Suas ideias sobre futebol e sua busca por novos desafios nos levaram a entender que ele seria o profissional ideal para o cargo”.

No caso do Fortaleza, o presidente Marcelo Paz analisa os mais de dois anos do argentino Vojvoda à frente do clube, com direito ao tricampeonato estadual (2021, 2022, e 2023) e à conquista da Copa do Nordeste, em 2022. “Vimos desde o início de seu trabalho que ele tinha uma metodologia diferenciada. Estabeleceram-se treinamentos muito intensos e uma forma de jogo que nos proporcionou os resultados conquistados. Os jogadores também se adaptaram muito bem”, afirma o mandatário.

Vojvoda
Vojvoda no comando do Leão do Pici (Foto: Divulgação/Fortaleza)

Executivo de futebol da Ferroviária, Júnior Chávare pondera sobre o período de adaptação para os treinadores estrangeiros. “É fundamental que todo o técnico estrangeiro e sua comissão recebam o suporte adequado dos clubes. O tempo de adaptação é muito importante para que o trabalho colha os frutos desejados”, afirma o profissional, que também já trabalhou ao lado de treinadores argentinos, como Sampaoli, no Atlético-MG, e Diego Dabove, no Bahia.

A Argentina, com 16 nomes, é o país que mais tem representantes nos times brasileiros da Copa Sul-Americana. Em seguida aparecem as seguintes nações: Uruguai (7), Portugal (5), Equador (5), Colômbia (4), Paraguai (3), Venezuela (1), Nicarágua (1), China (1) e Trinidad e Tobago (1).

+ Veja os jogos e a tabela da Sul-Americana

- Assim como a presença de jogadores que fizeram sucesso no exterior, ter por aqui técnicos e atletas estrangeiros será muito importante tanto para a futura Liga de clubes quanto para as equipes brasileiras. Esse processo estimula que o mercado nacional se consolide para audiências de fora do país. Para que o futebol nacional ganhe força comercial nos países em que já vende direitos, é necessário que se consolide uma só Liga no que se refere à gestão do produto - pontua Alexandre Vasconcellos, head de clubes da End to End, empresa hub de soluções e engajamento para o mercado esportivo e que conecta o torcedor à sua paixão.

Confira a lista completa dos estrangeiros que atuam nos clubes brasileiros vivos na Sul-Americana:

São Paulo (10)
Alan Franco (Argentina)
Galoppo (Argentina)
Calleri (Argentina)
Michel Araújo (Uruguai)
Gabriel Neves (Uruguai)
Arboleda (Equador)
Jhegson Méndez (Equador)
Nahuel Ferraresi (Venezuela)
Marcos Paulo (naturalizado português)
João Moreira (naturalizado português)

Red Bull Bragantino (7 + técnico)
Kevin Lomónaco (Argentina)
Laquintana (Uruguai)
Thiago Borbas (Uruguai)
Mosquera (Colômbia)
Hurtado (Equador)
Realpe (Equador)
Cesar Haydar (Colômbia)
Técnico: Pedro Caixinha (Portugal)

Botafogo (8)
Leonel Di Plácido (Argentina)
Víctor Cuesta (Argentina)
Luis Segovia (Equador)
Matias Segovia (Paraguai)
Gatito (Paraguai)
Darius Lewis (Trinidad e Tobago)
Jacob Montes (Nicarágua)
Diego Hernández (Uruguai)

América-MG (4)
Emmanuel Martínez (Argentina)
Martín Benítez (Argentina)
Mastriani (Uruguai)
Aloísio (Naturalizado chinês)

Goiás (1 + técnico)
Julián Palacios (Argentina)
Técnico: Armando Evangelista (Portugal)

Fortaleza (6 + técnico)
Emanuel Brítez (Argentina)
Tomás Pochettino (Argentina)
Juan Martín Lucero (Argentina)
Silvio Romero (Argentina)
Bryan Ceballos (Colômbia)
Gonzalo Escobar (Argentina)
Técnico: Juan Pablo Vojvoda (Argentina)

Corinthians (5)
Fausto Vera (Argentina)
Bruno Méndez (Uruguai)
Cantillo (Colômbia)
Romero (Paraguai)
Rafael Ramos (Portugal)

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