OPINIÃO: Pressa por Neymar evidencia que substitutos não agradaram Tite

Técnico banca o camisa 10 depois de dois treinos apenas no campo. A falta de confiança em Rodrygo e Paquetá fará o craque jogar no sacrifício

Tite e Neymar - treino Brasil
Tite tem plena confiança em Neymar, mesmo o atacante não estando 100% fisicamente (Lucas Figueiredo/CBF)

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O departamento médico da Seleção Brasileira cumpriu a promessa de que Neymar teria  condições de jogar nas oitavas de final. O atacante foi confirmado pelo técnico Tite no jogo contra a Coreia do Sul, nesta segunda-feira, às 16h, no Estádio 974. O treinador afirmou que o camisa 10 será titular, pois prefere a utilização do seu melhor jogador desde o início, como foi dito por ele na coletiva deste domingo. 

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Tite ponderou a questão física de Neymar para definir a titularidade, afirmando que a saúde do atleta estará em primeiro lugar. No entanto, nas entrelinhas, o treinador deixou claro que o camisa 10 é imprescindível, mesmo longe da melhor forma, evidenciando que os substitutos nos últimos dois jogos não agradaram.

Lucas Paquetá jogou contra a Suíça na função de Neymar, à frente dos volantes e próximo de Richarlison, com liberdade para se movimentar e se aproximar dos pontas. O meia não rendeu e foi substituído no intervalo por Rodrygo. O atacante do Real Madrid deu mais criatividade ao time e foi o responsável pela assistência para o gol da vitória de Casemiro.

Mantido no jogo contra Camarões, Rodrygo não teve destaque, assim como todo o time, escalado inteiramente por reservas. Era esperado que sem os titulares que foram poupados, a qualidade do Brasil cairia. Portanto é injusto afirmar que o jogador não poderia substituir Neymar à altura, ainda mais com o craque voltando de lesão e depois  de dois treinos apenas em campo.

Pelas imagens divulgadas pela CBF, Neymar está feliz, recuperado do edema ósseo e da lesão no ligamento lateral do pé direito. Só que treino é treino e jogo é jogo, ainda mais em mata-mata de Copa do Mundo. Escalar o camisa 10 é arriscado para o Brasil e principalmente para o craque, que não é unanimidade junto aos torcedores, não pela capacidade técnica em campo, mas pelo seu jeito fora dele. 

Um fracasso com Neymar servirá como escudo para Tite. Mas convenhamos que do outro lado é a Coreia do Sul, rival que o Brasil tem total condição de vencer com ou sem o seu craque. Preservá-lo para as quartas de final seria o mais prudente e daria confiança ao grupo de jogadores.

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