Aplicado, versátil e competitivo: Santos cresce pouco a pouco em 2018

Mutável, assim como seu técnico, Peixe mostra diferentes facetas, se fortalece em jogos grandes e começa a dar sinais de crescimento na temporada: doação e luta são lemas

Estudiantes x Santos
AFP

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Em entrevista exclusiva ao LANCE!, Jair Ventura se definiu como um técnico de ideias e ações mutáveis, que se adequam a cada tipo de situação e a cada elenco à disposição. Aos poucos, o Santos parece incorporar o método de trabalho do carioca e se mostra um time competitivo, aplicado e oportunista. Foi assim contra o Palmeiras, quando venceu - e surpreendeu, mesmo eliminado nos pênaltis na semifinal do Campeonato Paulista  - e foi assim contra o Estudiantes, nesta quinta-feira, quando soube aproveitar uma das únicas grandes chances da partida disputada na Argentina.  

O grupo, que se mostra em constante mutação, se fortaleceu com os dois últimos resultados, mostrando intensidade e concentração em níveis altos. Contra o rival da capital, Jair apostou em uma formação com quatro atacantes, pois, a seu ver, eram as melhores opções no momento. Sem Gabigol para enfrentar os argentinos, voltou a usar o Peixe com um meia armador - embora o deslocamento nas linhas de meio e ataque tenha sido livre, com Renato e Jean Mota se ajudando e Eduardo Sasha mais isolado à frente. 

Sasha, inclusive, é a representação desse Santos que cresce pouco a pouco: busca o jogo, se movimenta bem, dá bons passes e, principalmente, é aplicado e inteligente taticamente. Logo depois de Vanderlei, mais uma vez brilhante e irretocável, o atacante foi importantíssimo no confronto de Quilmes. Foi dele lindo drible que terminou em chute e gol de Arthur Gomes no rebote. E foi dele também bons desarmes até dentro da área de defesa do Peixe. Marcação vigorosa de quem sabe se adaptar. 

Até Renato, que havia perdido espaço no elenco, mostrou maior intensidade e vigor físico para dar consistência ao meio-campo santista. Na Argentina, entrega e luta não faltaram ao Santos de tantos garotos e também "copeiro". 

No lance do gol, a jogada coletiva do Santos também chamou a atenção: contra-ataque muito bem armado de um time que prefere ter a bola, mas que consegue se adaptar a outras situações. Justamente um ponto buscado por Jair: intensidade e entrega dos comandados, algo que na visão do carioca independe de esquema tático ou estilo de jogo, é inerente a times competitivos. 

- Não jogamos em uma nota só, tentamos adaptar. A equipe está de parabéns - resumiu Jair, pouco depois da partida no Centenário de Quilmes. 

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