Whatsapp, treino sem bola… Veja como tem sido a pausa do Palmeiras

Em entrevista exclusiva ao <b>LANCE!</b>, coordenador científico do clube conta como tem sido monitoramento e objetivos da cartilha passada aos atletas enquanto futebol está parado<br>

Daniel Gonçalves Palmeiras
Coordenador científico do Verdão conta como é o relacionamento com atletas (Foto: Agência Palmeiras/Divulgação)

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Nesta segunda-feira, começa a terceira semana sem partidas nem treinos, apenas com trabalhos individuais dentro de casa no futebol brasileiro. A pausa é por tempo indeterminado, até que esteja mais controlada a pandemia do coronavírus, e o LANCE! detalha como a comissão técnica do Palmeiras tem acompanhado e se comunicado com os atletas neste momento.

O coordenador científico, Daniel Gonçalves, responsável por realizar a ligação entre a área de saúde e comissão técnica, explicou os objetivos da cartilha repassada aos atletas, informando que os profissionais do clube entram em contato diariamente para saber como têm sido não só os trabalhos, mas a reação do corpo de cada um. As sessões de treinamentos também recebem alterações frequentes por parte da comissão técnica.

- A cartilha é atualizada semanalmente, sendo feitos ajustes diários de acordo com o feedback dos atletas. As conversas são diárias. Os atletas dão feedback do que foi realizado no treino, por vídeo ou mensagem, mandando também percepção de esforço. Além de comunicação através do grupo de Whatsapp - contou o coordenador, em conversa com o LANCE!

- Há um trabalho com objetivo generalizado, pautado nas situações previstas no jogo, com potência, mudança de direção, neuromusculares, e também sob ponto de vista cardiovascular, metabólico, tanto coletivas como individuais, de acordo com a característica dos atletas e, o que é mais importante, com o espaço físico dos atletas - prosseguiu Daniel Gonçalves.

Em 16 de março, quando foi confirmada a paralisação de todos os torneios que o clube disputa, o Palmeiras liberou os atletas por tempo indeterminado, mas com a recomendação de que façam exercícios físicos evitando aglomeração, minimizando o risco de contágio para jogadores e familiares. A programação muda de acordo com o espaço disponível para cada um e até a possibilidade de trabalhar na areia, se possível, foi indicada.

O goleiro Weverton chamou atenção realizando defesas dentro de sua casa, em vídeo que publicou no Instagram, ressaltando o cuidado para não quebrar nada. Mas o trabalho com bola é uma exceção para a posição, já que não está entre as recomendações feitas para a maior parte do elenco.

- Os trabalhos são de ordem física. Os trabalhos individuais com bola contribuem muito pouco para manutenção da condição técnica. Esse período de isolamento social não é para trabalhos grupais, e muito menos para ter visita de pessoas externas - argumentou Daniel Gonçalves.

- Estamos seguindo à risca a orientação da Organização Mundial de Saúde e das autoridades públicas, principalmente da Secretaria Estadual de Saúde. Para fazer trabalho com bola, precisa ter interação - concluiu.

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