Chegou o dia! Palmeiras encara o Chelsea na final do Mundial em busca da eternidade
Decisão em Abu Dhabi, contra o Chelsea, coroa trabalho de reconstrução do clube, que caiu, se reergueu e hoje tenta dar um salto para o futuro
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Chegou o dia. Neste sábado, em Abu Dhabi, a 12 mil quilômetros de sua sede, o Palmeiras revive seu passado e molda o seu futuro.
Chegou o dia daquele que pode ser o jogo mais importante da história do clube, que reúne elementos que transcendem o campo, que tiram o sono, que aquecem as rivalidades, que podem levar à glória. Dez anos após quase atingir o fundo do poço, o Verdão mede forças com o Chelsea para atingir o topo do mundo, para Abel Ferreira e o elenco entrarem para a eternidade e para coroar a reconstrução iniciada em 2015.
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Não foi fácil. Para o palmeirense nunca é.
A segunda queda para a Série B, em 2012, parecia significar o ápice da falta de qualidade na gestão. O Palmeiras reagiu. Quase houve outra queda em 2014. O Palmeiras reagiu.
No ano seguinte, atraiu o patrocínio da Crefisa, que casou perfeitamente com o momento do clube e que culminou com sua dona sendo eleita presidente do clube. A partir de então, com uma estrutura cada vez mais profissional, a camisa verde voltou a ser atraente para grandes nomes.
E grandes jogadores passaram pelo Palmeiras neste período e ajudaram na reação: Fernando Prass, Zé Roberto, Gabriel Jesus e Felipe Melo, entre outros, estão estampados na história palmeirense mesmo sem a taça do Mundial. Mas há aqueles que permanecem desde então, como Dudu, talvez o maior símbolo dentro de campo de um renascimento que pode ser coroado com o título em Abu Dhabi. É nele que a torcida alviverde deposita grande parte de sua confiança e nada mais épico do que presenciar esse desfecho.
Evidentemente há outros nomes no elenco atual que podem entrar no olimpo do Verdão. Mas nem todos passaram pelo processo que Dudu passou, nem todos podem atingir o status que Abel Ferreira já atingiu e pode atingir com uma possível vitória contra o Chelsea.
O patamar do português é se tornar o maior de toda a história do clube. Não é pouco, é o máximo possível.
- Seguramente, aconteça o que acontecer, vamos ficar na história, mas queremos entrar para a eternidade - disse Abel em coletiva na última sexta.
É exatamente isso que o torcedor palmeirense sente para esse duelo com o Chelsea. É o maior e mais importante jogo da história do clube, mas qualquer que seja seu desfecho, nada diminui nem apaga toda a caminhada até aqui. A ferrovia foi construída, o trem está nos trilhos, algo inimaginável há dez anos. Hoje o patamar é mais alto, ganhar ou perder é detalhe no nível atingido.
A eternidade está a 12.000 km. Mas um gol, uma atuação heroica, uma vitória em Abu Dhabi, podem trazê-la num instante para o coração da torcida palmeirense e fazer estremecer o entorno do Allianz Parque. Para sempre.
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