Mundial de Skate Street reúne os melhores do planeta em São Paulo

Após sediar Mundial de skate park, capital recebe etapa valiosa da outra modalidade que estrará nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. As disputas terão início nesta quinta-feira

Rayssa Leal, 11 anos, segunda colocada no ranking olímpico de skate street
Rayssa Leal, 11 anos, segunda colocada no ranking olímpico de skate street (Foto:&nbsp;Julio Detefon)<br>

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Menos de uma semana após sediar o Mundial de park, São Paulo recebe primeira vez na história do skate um Mundial de street, a outra modalidade que estará na estreia do esporte nos Jogos de Tóquio-2020. A etapa final da Street League Skateboarding (SLS) é o mais importante evento da temporada, que distribui a maior pontuação na corrida olímpica.

Quem vencer domingo na pista montada no Pavilhão de Exposições do Anhembi, além de campeão do mundo, somará 80 mil pontos na lista que definirá, em maio, quem irá ao Japão. Os ingressos para a semifinal e a final, nos dias 21 e 22, respectivamente, estão à venda no site https://www.eventim.com.br.

Os principais nomes do skate street mundial já estão na cidade. Entre as meninas, destaque para o trio brasileiro que domina as três primeiras posições do ranking no momento: a líder Pâmela Rosa, Rayssa Leal, segunda colocada, e Letícia Bufoni, em terceiro. Por ocuparem as primeiras posições elas entram já na fase semifinal da competição, no sábado.

– Estou bem ansiosa para o Mundial. Vai ser muito bom competir no meu país, porque muitos amigos estarão lá para aplaudir, torcer e gritar por mim. Vai ser uma festa. Também estou um pouquinho nervosa, mas é normal. São Paulo é um dos maiores picos de skate do Brasil – disse Rayssa, de 11 anos, nascida em Imperatriz, interior do Maranhão, que este ano venceu uma das etapas da SLS.

Entre as estrangeiras, a australiana Hayley Wilson, a japonesa Aori Nishimura, a americana Alana Smith e a holandesa Candy Jacobs são algumas das feras que estarão em ação pela primeira vez na cidade.

A lista masculina também traz os principais atletas do mundo a São Paulo. Como o japonês Yuto Horigome, que recentemente assumiu a primeira posição no ranking olímpico que era ocupada pelo americano Nyjah Huston, o maior campeão da SLS, atualmente segundo. O português Gustavo Ribeiro e os brasileiros Kelvin Hoefler, Giovanni Vianna, Felipe Gustavo, o Bochecha, e Ivan Monteiro estão entre os destaques desta busca por uma vaga olímpica.

– Olha, não tenho ideia de como é disputar os Jogos Olímpicos, mas estou animado com essa possibilidade – disse Giovanni Vianna, 11º do ranking e segundo brasileiro mais bem colocado, atrás apenas de Kelvin, que assumiu recentemente o quarto lugar do ranking ao subir ao pódio em um torneio da SLS na China, semana passada, quando terminou em segundo lugar.

Nesta quinta-feira, começa o torneio classificatório, que deve reunir mais de 70 atletas do mundo todo em busca de uma vaga na chave principal masculina e feminina, que vão se juntar aos 20 pré-classificados. Como acontece nas etapas da SLS, a pista é sempre inédita.

No caso da de São Paulo, o maior desafio é o triple set, uma escadaria de três lances com corrimãos. Ou seja, uma pista obstáculos com alto grau de dificuldade. O desenho e a construção é da California Skateparks, companhia que projeta as pistas mais desejadas do mundo e a que também fará a pista olímpica.

A fase classificatória será disputada com portões fechados. Na sexta, a pista ficará disponível para treino dos atletas pré-classificados para a semifinal. No sábado e no domingo, quando serão disputadas a semifinal e a final, o evento é aberto ao público. O Pavilhão de Exposições do Anhembi tem capacidade para receber até 9 mil pessoas por dia.

Segundo Pedro Rego Monteiro, Diretor Executivo da Effect Sport, organizadora da competição de onde sairá o campeão mundial de 2019, trazer o evento para o Brasil reforça a relevância do skate nacional e ajuda a proporcionar aos atletas brasileiros uma proximidade maior com os fãs.

– Como a pista é inédita, a disputa fica mais equilibrada e acirrada entre os participantes. Quem ganha com isso é o público, que vai ver aqui manobras espetaculares protagonizadas pelos maiores skatistas do mundo – explicou Pedro.

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