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‘Vontade de vencer’: ex-Cruzeiro fala sobre possibilidade de enfrentar Cristiano Ronaldo

Luvannor, atacante do Al Bukayriyah, da Arábia Saudita, concedeu exclusiva ao Lance!

imagem cameraLuvannor comemora gol marcado pelo Al-Bukayriyah, da Arábia Saudita (Foto: Divulgação/Al-Bukayriyah)
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Gabriel Bergone
Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porNathalia Gomes
Dia 15/05/2025
08:00

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Com passagem marcante pelo Cruzeiro no acesso à Série A em 2022, Luvannor é o grande nome do Al Bukayriyah, da Arábia Saudita, atualmente na segunda divisão do futebol local. O atacante contou, em entrevista exclusiva ao Lance!, sobre a possibilidade de enfrentar o astro português Cristiano Ronaldo, do Al-Nassr, em um futuro próximo.

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- Não diria que é um sonho, mas jogar contra nomes como Cristiano Ronaldo, Messi ou Neymar é algo que qualquer atleta gostaria. São referências no futebol mundial, cada um com seu estilo e trajetória. O Cristiano, especialmente, sempre foi um espelho pra mim em termos de profissionalismo, dentro e fora de campo. Enfrentar um jogador desse nível seria uma honra e também um desafio que motiva. Trabalho todos os dias pra estar entre os melhores, e se tiver a oportunidade de enfrentá-lo, vou dar meu máximo, como sempre. O objetivo é competir de igual pra igual, com respeito, mas também com vontade de vencer - declarou Luvannor, em entrevista exclusiva ao Lance!.

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Sem chances de acesso à elite do futebol saudita na temporada, Luvannor concentra suas expectativas na próxima temporada, onde pode lutar para subir à primeira divisão com o Al Bukayriyah.

Nascido no Piauí, o atacante surgiu nas categorias de base do Paranoá, do Distrito Federal, e foi alçado rapidamente para o exterior. Ídolo na Moldávia, Luva escreveu seu nome na história do Sheriff Tiraspol, onde conquistou três Campeonatos Moldavos e se tornou o maior artilheiro do clube em sua terceira passagem, quando chegou à marca de 59 gols.

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No entanto, Luvannor entrou no radar do futebol global quando chegou ao Cruzeiro em 2022, e foi peça fundamental do clube mineiro no título da Série B. Com a Raposa, o atleta de 34 anos finalizou o ano com 31 jogos, seis gols e duas assistências na campanha do título da Série B.

Além da passagem pelo Cruzeiro, Luva se transferiu ao Ceará no primeiro semestre de 2023 e levantou o troféu da Copa do Nordeste daquele ano.

Outras respostas de Luvannor ao Lance!

Luvannor comemora gol marcado pelo Al-Bukayriyah, da Arábia Saudita (Foto: Divulgação/Al-Bukayriyah)

Chegada no Cruzeiro e volta ao Brasil

- A minha ida para o Cruzeiro foi uma das grandes surpresas da minha carreira. Eu estava no Oriente Médio, vivendo uma realidade completamente diferente, e tinha pedido pra sair do clube. Por questões de janela e número de transferências, já não podia atuar em muitas ligas naquele momento. Surgiram algumas possibilidades, mas nada que realmente me motivasse. Foi aí que apareceu o Cruzeiro, e pra mim foi um presente. Um clube gigante, com uma história incrível. Era algo que eu sempre quis viver. Poder realizar esse sonho, ver a alegria da minha família, do meu pai… isso não tem preço. Foi uma fase muito marcante, que vai ficar pra sempre no meu coração.

- Voltar ao Brasil? Com certeza. Sempre existe essa vontade. Hoje eu me dedico muito pra estar bem fisicamente e mentalmente, porque sei que, se surgir uma oportunidade, preciso estar pronto. Mesmo atuando na segunda divisão da Arábia Saudita, o nível de exigência é alto, são seis estrangeiros por time, o que eleva bastante o padrão da competição. Muita gente fala de fora, mas só quem vive sabe o quanto o futebol lá é competitivo. Eu vejo o futebol pela prática, não só pela teoria. Então sigo trabalhando firme. Se for da vontade de Deus e surgir um projeto interessante, estou preparado pra voltar e encarar esse novo desafio no meu país.

Adaptação no exterior ao sair do Brasil

- Quando eu deixei o Brasil, eu já trazia na bagagem algumas experiências importantes. Tive passagens por diferentes estados do país, e cada lugar tem sua própria cultura, seu próprio jeito, então essa vivência já me ajudou muito. A verdade é que mesmo dentro do Brasil, a adaptação já exige uma certa maturidade. E quando fui pra fora, pra ser sincero, a adaptação não foi algo que pesou tanto pra mim. Claro, a comida é algo que a gente sente bastante. A culinária na Moldávia, como em grande parte da Europa, é bem diferente da nossa. Sinto muita falta do arroz, feijão, feijoada, churrasco… essas coisas que fazem parte da nossa identidade. Mas no geral, me adaptei bem. Eu saí do Brasil determinado a vencer. E quando você tem esse foco, essa força interna, as dificuldades acabam se tornando parte do caminho. A cabeça é tudo nesse processo.

Diferenças culturais entre a Moldávia e o Brasil

A Moldávia me marcou de forma muito positiva. É um país que eu aprendi a gostar e a respeitar bastante. Uma das coisas que mais me encantou foi viver as quatro estações do ano. Tendo crescido em Brasília, onde o clima é mais definido, viver a primavera, o verão, o outono e o inverno foi uma experiência nova, e muito rica. Quanto à culinária, como falei, é bem diferente da brasileira, mas também é muito saborosa. Aprendi a apreciar e hoje gosto muito da comida de lá. Tenho um carinho enorme pelo país, volto sempre que posso, nas férias, para visitar a família da minha esposa e relembrar os momentos que vivi no Sheriff. Foram tempos especiais, que levo comigo com muito respeito e gratidão.

Passagem pelo Oriente Médio e evolução do futebol saudita

- A chegada à Arábia Saudita, dessa vez, foi bem mais tranquila. Eu já tinha passado por aqui em 2021, quando joguei pelo Al-Taawoun, então isso me ajudou bastante. Naquela primeira passagem, confesso que tive dificuldades de adaptação — tanto eu quanto minha família. Era um período complicado, ainda com muitas restrições por causa da COVID-19, então foi tudo mais limitado. Mas agora, em 2024, eu já voltei sabendo o que esperar. Me preparei mentalmente, sabia como era o estilo de vida, como funcionavam as coisas por aqui. Cheguei com a cabeça no lugar e focado no que precisava fazer.

- E a minha evolução desde então tem sido muito positiva. Tenho trabalhado forte, me cuidado dentro e fora de campo, com alimentação, descanso, tudo. Aqui não dá pra relaxar. O futebol saudita é muito competitivo, qualquer jogo é 50/50. Se você não estiver focado, você não vence. A estrutura me surpreendeu, o nível dos jogadores também. E isso me motiva ainda mais. Hoje me sinto fisicamente melhor do que na minha primeira passagem pelo Cruzeiro. Tenho um desejo grande de voltar ao Brasil e jogar uma Série A. E sei que pra isso preciso manter um nível alto. Tenho feito bons jogos, sou líder de assistências no meu time, estou brigando pela artilharia… tudo fruto de muito trabalho. Estou feliz com o meu desempenho, mas sigo com sede de crescer, de buscar novos desafios e estar pronto quando novas oportunidades aparecerem.

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