Achraf Hakimi: é craque ou só mídia? Confira a análise do Lance!
Defensor está em processo de recuperação física para jogar a Copa Africana de Nações

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O PSG conquistou o título do Intercontinental pela primeira vez em sua história ao vencer o Flamengo nos pênaltis, encerramento de um ano marcado pela tríplice coroa nacional — Ligue 1, Copa da França e Supercopa da França — e pelo título inédito da Champions League. Entre os protagonistas da vitoriosa trajetória de 2025 está Achraf Hakimi, titular da lateral-direita ao longo de toda a temporada. Aos 27 anos, o jogador recebeu de torcedores e da imprensa o rótulo de um dos melhores do mundo, reconhecimento que reflete seu desempenho consistente em grandes jogos, participação ofensiva e contribuição defensiva sólida. Será que isso é suficiente para que ele seja considerado um ícone da geração atual? A análise completa do Lance! está no quadro "É craque ou só mídia?". ⬇️
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Real Madrid ⚪⚪
Filho de pais marroquinos de origem humilde, Hakimi nasceu em Madri e foi criado em Getafe, pertencente à comunidade da capital espanhola. Rapidamente, chamou a atenção do maior clube da história do futebol mundial e o mais importante de sua cidade: o Real Madrid. Em 2006, aos oito anos, realizou seu primeiro grande sonho ao vestir a camisa branca merengue.
Entretanto, para quem imaginava que Hakimi teria uma ascensão rápida, a trajetória não foi linear. O jovem permaneceu dez anos nas categorias de base do Real, sempre considerado um prodígio da posição, até ser integrado ao time B em 2016 para disputar a terceira divisão nacional. Lá, foi titular e contribuiu com 28 partidas, um gol e oito assistências.
No ano seguinte, subiu ao elenco principal, mas encontrou dificuldades para se firmar devido à presença do ídolo Dani Carvajal, que ocupava a lateral-direita do clube. Pelo time, Hakimi disputou apenas 17 partidas: dois tentos e um passe para gol. Sem grande importância, fez parte de um elenco galáctico que conquistou a Champions League e o Mundial de Clubes.
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Borussia Dortmund 🟡⚫
Como consequência, saiu para ganhar mais minutos em campo e não desperdiçar anos de sua carreira no banco de reservas. O destino não poderia ter sido melhor: o Borussia Dortmund, da Alemanha, clube reconhecido mundialmente por desenvolver jovens. O empréstimo acabou se estendendo por dois anos completos, período em que o jogador pôde se desenvolver plenamente e consolidar seu talento no cenário europeu.
Apesar de ter conquistado a Supercopa da Alemanha em 2019, o principal objetivo da experiência era atuar como titular em alto nível nas principais competições, meta que alcançou com êxito. Ao longo de sua passagem, acumulou 73 partidas, com participativos 12 gols e 17 assistências, época em que também foi considerado um dos atletas mais rápidos do mundo.
Inter de Milão ⚫🔵
Com o elenco do Real ainda bastante restrito aos jogadores mais experientes, os grandes clubes não deixariam escapar a oportunidade de mercado. Foi nesse contexto que a Inter de Milão investiu no atleta, após 40 milhões de euros pagos ao Madrid para incorporá-lo ao esquema de Antonio Conte, desta vez em uma posição mais avançada, como ala direita, o que contribuiu significativamente para seu desenvolvimento como jogador.
A meteórica passagem do atleta pela temporada 2020/21 foi excepcional: em 45 partidas, marcou sete gols, distribuiu nove assistências e figurou como titular da equipe que conquistou o Scudetto após dez anos de jejum, consolidando-se como peça fundamental no sistema de transições que caracterizou o estilo de jogo do time.
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PSG 🔵🔴
Mesmo com contrato de cinco anos, a situação não representou obstáculo para o endinheirado PSG. O clube francês demonstrou interesse no atleta e pagou 60 milhões de euros, transação aceita pelos italianos como parte de uma reformulação financeira após o título nacional. A partir desse momento, a carreira do marroquino entrou em uma nova fase, permitindo-lhe estabilidade em um único time e a oportunidade de evoluir rumo ao estrelato.
Hakimi não apenas se consolidou como um dos melhores laterais direitos do mundo, como também se tornou referência e ídolo de uma legião de torcedores. Ao chegar à quinta temporada em 2025/26, passou por 189 atuações, 27 gols e 38 assistências — números impressionantes para um defensor — e uma trajetória marcada por conquistas em campo. Sua história foi legitimada por títulos, com domínio em todas as competições nacionais da França e, finalmente, a inédita e cobiçada Orelhuda pelo Paris, coroada por um gol decisivo contra seu ex-clube, a Inter, na final que terminou em 5 a 0.
Marrocos 🔴🟢
Ao longo de praticamente toda a carreira, desde os tempos modestos como promessa no Real até o sucesso consolidado no PSG, Hakimi manteve-se convicto em representar sua pátria ancestral, honrar os pais e afirmar sua identidade, inclusive religiosa, ao optar por defender Marrocos. O astro percorreu diversas categorias de base até chegar à equipe principal ainda em seu primeiro ano como profissional, e segue como presença constante na seleção nacional desde então.
Hoje, é um dos rostos de um país em ascensão no futebol, que se apresentou de forma decisiva ao mundo como potência na Copa do Mundo de 2022, quando o Marrocos alcançou a melhor colocação de uma equipe africana na história do torneio ao terminar na quarta posição, após chegar às semifinais. Além disso, colocou-se à disposição da seleção olímpica como um dos jogadores mais experientes do elenco e conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 2024, disputados em Paris.
Recentemente, além de somar indicações às principais premiações individuais do futebol de clubes, como a Bola de Ouro e o Fifa The Best, o jogador passou a ostentar talvez a mais simbólica das honrarias pessoais: o prêmio de Melhor Jogador Africano do Ano, conquistado em 2025, tornando-se o quinto de seu país a receber a distinção.

⚽ Afinal, é craque ou só mídia? 📽️
No momento, Hakimi está afastado dos gramados devido a problemas físicos, mas já se encontra na fase final de recuperação de uma grave lesão no tornozelo esquerdo. O jogador viajou ao Marrocos com o objetivo de acelerar sua preparação para a estreia da seleção na Copa Africana de Nações, que será disputada em território marroquino entre final de dezembro deste ano e meados de janeiro de 2026. O atleta rompeu os ligamentos do tornozelo esquerdo em 4 de novembro, na derrota por 2 a 1 para o Bayern de Munique, após sofrer uma entrada dura do atacante Luis Díaz, expulso em seguida.
Em vez de analisar mais um atacante no "É craque ou só mídia?" , o Lance! escolheu logo um dos nomes mais consistentes dos últimos anos do futebol europeu, e a atual lesão não altera esse cenário. Hakimi não se destaca apenas como defensor, mas figura entre os poucos laterais-direitos reconhecidos unanimemente no mais alto nível, capaz de ser titular em qualquer equipe do mundo. Essa condição reflete a escassez de nomes de elite na posição, uma realidade que se mantém há algum tempo e que se explica pelas constantes transformações do futebol ao longo das eras.
Afinal, Hakimi soube se adaptar e se tornou mais do que um lateral: evoluiu para um jogador completo, combinando velocidade com tomada de decisão aprimorada e maturidade em campo. Essa evolução permite que ele atue como ala, ponta ou lateral-direito, sempre como uma vávula de escape no corredor. Além do posicionamento padrão, ele é capaz de fechar a linha de quatro ou cinco jogadores na fase defensiva e apoiar na saída de bola como um terceiro zagueiro ou até como volante.
No fundamento clássico de um lateral, Hakimi apresenta desempenho satisfatório nos cruzamentos e é eficiente na construção de jogadas, capaz de tabelar com os companheiros e lançar bolas longas para jogadas aéreas. Forte fisicamente, mantém uma média de cerca de 40 partidas por temporada — tendo disputado 55 na última.
No vestiário, Hakimi sempre se mostrou uma pessoa de fácil convívio e é conhecido pela amizade de longa data com Kylian Mbappé. Fora das quatro linhas, enfrenta um processo judicial relacionado a um suposto crime de estupro. A acusação remonta a fevereiro de 2023, quando uma mulher o denunciou por violência sexual em sua residência.
Atualmente, é capitão da seleção e líder de uma geração histórica para sua nação. No fim das contas, não há como negar: é um craque, mas da posição. Seu desempenho até agora não o coloca entre os jogadores mais destacados em premiações individuais, como ocorre com atletas ofensivos de renome mundial. No entanto, no que lhe é exigido em campo, cumpre sua função com excelência, sendo praticamente inigualável na lateral direita.
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