Eleições no Fluminense: veja datas, pré-candidatos, sistema de votação e panorama da política tricolor

Mário Bittencourt​, Ademar Arrais, Marcelo Souto e Rafael Rolim lançaram suas pré-candidaturas e terão até o dia 15 de novembro para conseguirem 200 assinaturas de sócios

Montagem - Candidatos à Presidência Fluminense
Fluminense passará por uma nova eleição que definirá o presidente do triênio 2023-2025 (Reprodução / Instagram)

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Em meio à reta final da atual temporada, as eleições presidenciais do Fluminense se aproximam com alguns cenários que começam a se desenhar para o próximo mês. Com isso, quatro candidatos lançaram suas pré-candidaturas para o triênio 2023-2025 e mostram que a disputa será quente para o cargo de mandatário do Tricolor. 

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Até o momento, a data oficial do pleito ainda não foi definida, mas a tendência é que aconteça na segunda quinzena de novembro, muito provavelmente nos dias 19 ou 26. Com preferência pela primeira data em virtude da Copa do Mundo, do Qatar, que também será realizada dentro de 30 dias.

Quem são os pré-candidatos à presidência do Fluminense?

Mário Bittencourt

O atual presidente, Mário Bittencourt admitiu, recentemente, em entrevista ao portal "Uol", que disputará a reeleição e praticamente oficializou sua pré-candidatura. O mandatário, de 44 anos, já traça planos para a próxima temporada, inclusive, revelou o desejo de contar com o ídolo Fred em algum cargo no clube ainda em 2022. 

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Ex-advogado do clube nas gestões David Fischel, Roberto Horcades e Peter Siemsen, Bittencourt faz parte do  grupo político "Tricolor de Coração" e é presidente desde julho de 2019. Ele também exerceu a função de gerente de futebol com Horcades e vice de futebol com Peter.

Ademar Arrais 

Além do atual presidente, Ademar Arrais, de 51 anos, também lançou sua pré-candidatura e faz parte do  grupo político "Ideal Tricolor". Ao longo de sua participação no Tricolor, o advogado foi conselheiro nas gestões David Fischel, Roberto Horcades e Peter Siemsen. É defensor de um pleito híbrido, com a opção de uma votação on-line.

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Dessa forma, entrou com uma ação pedindo para que as eleições também tivessem a opção do voto on-line, mas não conseguiu tal mudança. Na última semana, Arrais passou a contar com o apoio oficial do vice-presidente do clube, Celso Barros, que foi afastado do cargo por rusgas com o mandatário. Inclusive, o advogado coordenou a campanha do ex-presidente da Unimed no pleito de 2016. 

Marcelo Souto

Marcelo Souto também tem participação ativa na política tricolor e representa o grupo político "Esperança Tricolor". Aos 36 anos, lançou sua pré-candidatura após ter sido conselheiro na gestão de Pedro Abad. Em 2019, também tentou ser candidato, porém não conseguiu assinaturas suficientes para registrar sua chapa.

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Nesse sentido, faz parte, atualmente, a chapa intitulada 'Herdeiros de Oscar Cox', que faz referência direta ao principal fundador do clube carioca, em 1902. Além disso, o advogado é defensor da revitalização das Laranjeiras, e da reformulação do estatuto do clube para diminuir o número de conselheiros. Ele acredita que tais mudanças seriam uma forma de ruptura ao atual modelo.

Rafael Rolim

Por fim, Rafael Rolim também decidiu participar do pleito, porém, no momento, não tem vínculo com qualquer grupo político do Tricolor. Apesar de nunca ter sido conselheiro ou ocupado cargos dentro do Fluminense, Rolim fez parte da chapa de Ricardo Tenório na eleição de 2019. Ele já foi chefe da Procuradoria Trabalhista do Estado (entre 2008 e 2014), diretor jurídico da CEDAE (entre 2015 e 2019).

Na época da última eleição do Fluminense, o advogado, de de 43 anos, tinha a intenção de ser vice-presidente jurídico caso Tenório fosse eleito, algo que não aconteceu. No momento, é Subprocurador-Geral do Estado do Rio, tem se revelado um entusiasta da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e pretende implementar o modelo no Fluminense.

Laranjeiras  - Fluminense
Revitalização das Laranjeiras está em pauta (Marina Garcia/Fluminense)

Cabe salientar que para formalizar as chapas, ambos os pré-candidatos necessitarão de 200 assinaturas de sócios do clube, sem contar a modalidade sócio-futebol. Com esse cenário, os quatro que almejam disputar o pleito terão entre 1º e 15 de novembro para fechar as assinaturas.

Um sócio não pode assinar por duas chapas diferentes. Isso acontece porque os 150 primeiros nomes da chapa vencedora são eleitos para o Conselho Deliberativo, enquanto os outros cinquenta ficam como suplentes. Além disso, caso a chapa que fique em segundo lugar tiver pelo menos 50% dos votos do campeão, ela passa a ter direito a 15 vagas no conselho, enquanto a chapa ganhadora colocará 135 (os 65 restantes ficam como suplentes).

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O clube pretende seguir com o mesmo modelo de pleito realizado desde 2016. Diante disso, já entrou em contato com o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) para utilizar as urnas eletrônicas. Apesar do desejo de alguns candidatos, a votação seguirá de forma presencial, sem ter o sistema on-line.

A estimativa é que cerca de 20 mil sócios estejam aptos a votar (sócio-proprietários, sócio-contribuinte, sócio-atleta e sócio-torcedor - que estejam adimplentes por dois anos ininterruptos. No último pleito, foram 3.286 eleitores votantes, enquanto três anos antes foram 4.219, recorde da história do Fluminense.

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Por fim, é preciso salientar que existe a possibilidade dos três candidatos de oposição se unirem em uma única chapa para a oposição não dividir votos. A tendência é que não haja um quinto nome envolvido no início do processo. Pedro Antônio não virá como candidato por motivos pessoais, enquanto Ricardo Tenório tem aparecido pouco no atual cenário político tricolor.

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