Está aberta a disputa pela ‘9’ do Flu, da qual saíram 206 gols em dez anos
Marcos Paulo é quem mais está perto de herdar a camisa de Pedro, enquanto o garoto Evanilson corre por fora. Yoni González já disse que não fica. E Fred, volta?
Está aberta a disputa pela camisa 9 do Fluminense em 2020. Marcos Paulo e Evanilson são as opções para suceder Pedro, que foi vendido à Fiorentina em setembro. Seja lá quem for o escolhido, o futuro camisa 9 sentirá um peso grande nas costas. Durante a década de 2010, a soma dos gols marcados com ela é de 206.
Fred, que está de saída do Cruzeiro é constantemente lembrado pelos torcedores para uma possível volta. Ele foi o principal responsável por esta soma, marcando 150 gols. Em seguida, aparecem Henrique Dourado (32) e Pedro (24). Vale destacar que esses números só valem a partir de 2010 — ou seja, não conta o tempo em que Fred foi o camisa 9 em 2009 — e não conta o tempo em que outros jogadores citados usavam outro número, casos de Pedro em 2017 e de Henrique Dourado em 2016.
No Campeonato Brasileiro de 2010, do qual o Flu foi campeão, Fred teve atuação mais tímida e marcou apenas cinco gols em 14 jogos disputados. Entretanto, nos demais 14 jogos daquela temporada, ele balançou a rede mais 13 vezes e terminou o ano com 18.
Esse foi o início da ascensão de Fred no Tricolor. Na temporada de 2011, ele marcou 34 gols, dos quais dez foram pelo Campeonato Carioca — competição em que dividiu o posto de artilheiro com Frontini, então no Boavista — e 22 no Brasileirão. No ano seguinte, o camisa 9 fez menos gols, 30, mas conseguiu ser artilheiro do Campeonato Brasileiro, com 20, e foi o símbolo da conquista do título daquela competição pelo Tricolor.
O sucesso com a 9 do Fluminense levou Fred a disputar a Copa das Confederações pela Seleção Brasileira, da qual foi campeão e artilheiro, com cinco gols, ao lado do espanhol Fernando Torres. No clube, porém, a situação do atacante em 2013 foi diferente, pois ele disputou apenas 25 jogos, devido a uma grave lesão na coxa direita que sofreu no final de agosto. Por isso, marcou apenas oito gols com o manto tricolor.
A redenção veio no ano seguinte, em 2014, quando, após marcar apenas um gol na Copa do Mundo, encerrou a temporada com 27 gols marcados pelo Flu, 18 deles pelo Brasileirão, do qual foi o artilheiro.
A partir daí, o então camisa 9 tricolor iniciou o caminho de saída das Laranjeiras, mas seguiu deixando a sua marca. Em 2015, fez 22 gols em 42 jogos disputados. Em 2016, antes de se transferir para o Atlético-MG, em junho, ele ainda marcou 11 gols em 21 jogos.
Henrique Dourado, que disputou o último Brasileirão pelo Palmeiras, assumiu a camisa 9 do Fluminense no início de 2017 e também fez bonito. Em 52 jogos disputados, ele marcou 32 gols e ainda foi o artilheiro do Campeonato Brasileiro, com 18, ao lado de Jô, que estava no Corinthians.
Pedro, o último dono da 9 tricolor, marcou 19 gols nas 40 partidas que disputou durante a temporada de 2018. Foi artilheiro do Carioca, com sete gols, e marcou dez pelo Brasileiro. O que atrapalhou o garoto foi uma grave lesão que ele sofreu no joelho direito em agosto, pois só voltou a jogar em abril deste ano. Até ser vendido para a Fiorentina, Pedro disputou mais 14 jogos com a camisa do Flu e marcou outros cinco gols.
Por enquanto, os torcedores ficam de olho em Fred, que está de saída do Cruzeiro. Como o artilheiro do time na temporada, o colombiano Yoni González (17 gols), já afirmou que não ficará nas Laranjeiras, Marcos Paulo tem o caminho aberto para ficar com a 9. Neste ano, esta cria de Xerém marcou seis gols em 35 jogos. Vale lembrar que Marcos Paulo usou, neste ano, a mesma camisa 32 que Pedro usou antes da 9.
Já o garoto Evanilson, que ainda em negocia a renovação de seu contrato, brilhou ao fazer dois gols contra o Corinthians (2 a 1), pela última rodada do Brasileirão, e corre por fora.
