Em audiência pública, CEO do Cruzeiro detona contrato entre o Mineirão e o Governo de Minas

Parte interessada na utilização do estádio, o clube celeste alega que a não realização de jogos no Mineirão significa "desvirtuar o contrato"

Gabriel Lima e Ronaldo - Cruzeiro
Gabriel Lima (à esquerda da foto) ainda acrescenta que o Cruzeiro fez uma série de propostas para atuar no Mineirão, mas nenhuma delas foi aceita - (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

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Em meio às discordâncias entre a diretoria do Cruzeiro e a Minas Arena, concessionária que administra o Mineirão, acontece, nesta terça-feira, 04 de abril, uma audiência pública para debater a utilização do estádio. O encontro também visa esclarecer detalhes do contrato entre a administradora do Gigante da Pampulha e o Governo de Minas Gerais. 

Parte interessada na utilização do Mineirão, o Cruzeiro, representado na audiência pelo seu CEO, Gabriel Lima, também busca explicações. Inclusive, em seu depoimento, o dirigente celeste alega que o não uso do local para partidas de futebol significa perder o sentido do contrato, já que os jogos são de interesse público - assim como o Mineirão.   

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- A instituição que eu represento (Cruzeiro) é parte interessada na utilização do Mineirão. Se existe, ou não, alguma irregularidade no contrato que foi assinado entre o Governo e o Mineirão, não cabe nem a mim, nem ao Cruzeiro analisar. Porém, o Governo investiu bilhões de reais para pagar essa reforma do Mineirão (antes da Copa de 2014), e segue pagando essa quantia, ao meu ver, absurda para a manutenção do estádio. O Governo fez, e segue fazendo esses pagamentos para garantir a atividade de interesse público, que é o futebol. Não ter jogos no estádio, significa desvirtuar o contrato - disparou. 

Em seguida, Gabriel Lima ainda acrescenta que o Cruzeiro já fez diversas propostas para voltar a atuar no estádio, mas segue sem resposta. Enquanto isso, o clube celeste segue mandando suas partidas em 2023 na Arena Independência, também em Belo Horizonte. 

- O Cruzeiro tentou, por inúmeras vezes, chegar a um acordo e ter condições para jogar no estádio, que eu volto a falar, pertence ao Governo, e está temporariamente cedido à iniciativa privada. Fizemos diversas propostas para as construtoras que formam o consórcio (do Mineirão), nenhuma delas foi aceita - completou.  

Somente agora, pelo que parece, a Raposa enxerga uma possibilidade de negociação com a Minas Arena. Conforme noticiou a equipe Valinor Conteúdo, o clube tem negociação avançada para mandar o jogo da terceira fase da Copa do Brasil, contra o Náutico, no dia 25 de abril, no estádio. 

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