Atuação ‘bipolar’: o que houve de bom e ruim na vitória do Botafogo

Tempos distintos em qualidade, intensidade e organização resultam na primeira vitória do Alvinegro na Taça Rio; saldo da equipe ainda é marcado por inconsistência

Botafogo x Madureira Comemoração
Botafogo se mantém vivo na Taça Rio (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

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Copo meio cheio ou meio vazio? Existem diferentes maneiras de enxergar a mesma coisa. Esse fato pode encaixar na vitória do Botafogo por 2 a 1 sobre o Madureira, nesta segunda-feira, no Estádio Nilton Santos, pela Taça Rio, que resultou no primeiro triunfo do Alvinegro no segundo turno do Estadual. A atuação da equipe de Zé Ricardo pode ser dividida em duas partidas: uma no primeiro tempo e a outra na etapa complementar.

O triunfo veio no sufoco e com um gol nos minutos finais muito por conta do que foi construído no primeiro tempo. O Botafogo se viu perdido em campo tendo que propor jogo diante de um Madureira e, em um momento de vacilo da defesa, viu o Tricolor Suburbano abrir o placar.

A falta de criatividade foi a tônica da equipe no primeiro tempo. Muitos cruzamentos e lançamentos sem direção dos meio-campistas, o que acabava sendo positivo para o Madureira, que conseguia conter os ataques e, com o passar do tempo, via a torcida presente no estádio cobrar a equipe, que se desesperava no começo das jogadas.

Virada construída pela paciência
Apesar do cenário não ser dos melhores, já que o Botafogo necessitava de um resultado positivo para seguir sonhando com a classificação na Taça Rio, o Alvinegro não se desesperou no segundo tempo e isso resultou em um desempenho melhor da equipe, que, minutos depois, confirmaria a virada. 

As instruções de Zé Ricardo resultaram em uma equipe que valorizou mais a posse de bola. O meio-campo, formado por Gustavo e Cícero, era capaz de trocar passes e buscar as melhores opções no ataque. Era um Botafogo que gostava da bola, infiltrava a defesa do Madureira e mostrava um maior repertório em relação ao que fora apresentado nos primeiros 45 minutos.

Os gols, inclusive, são frutos da maior valorização e paciência com a bola no pés. No primeiro, Gustavo encontra Ferrareis livre na área com um lançamento, que completa para a ação de Jonathan, livre, que finalizou para o gol. No segundo, troca de passes até Marcinho aparecer sem marcação e com espaço para pensar e cruzar na cabeça de Kieza, que virou a partida.

Botafogo x Madureira Zé Ricardo e Kieza
Zé Ricardo viu a equipe melhorar no segundo tempo e pode tirar lições da partida (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

Afinal: copo meio cheio ou meio vazio?
​A atuação do Botafogo foi moldada por pontos positivos e negativos, mas, em um âmbito geral, a equipe ainda encontra dificuldades para conquistar bons resultados no Campeonato Carioca. Enfrentar equipes que ficam fechadas no campo de defesa, até aqui, é o 'calcanhar de aquiles' de Zé Ricardo.

O triunfo é importante para as pretensões e ânimo do Botafogo dentro do próprio Estadual. O segundo tempo mostrou pontos positivos que podem moldar o trabalho de Zé Ricardo, principalmente na disputa contra equipes que buscarão, antes de tudo, se segurar no campo defensivo.

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