Vasco ‘lamenta profundamente’ a morte de Eurico; Campello decreta luto de três dias e cancela atividades

Em nota, o Cruz-Maltino contou a história do histórico dirigente no clube. Treino da equipe principal foi uma das atividades canceladas e homenagens estão sendo planejadas

Eurico Miranda
Eurico Miranda tinha o charuto à mão como uma das marcas principais (Divulgação)

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A morte de Eurico Miranda, como era de se esperar, repercutiu de forma  grande e imediata no Vasco. O presidente do clube, Alexandre Campello, decretou luto oficial de três dias e cancelou todas as atividades previstas para esta quarta-feira. Em nota oficial, o Cruz-Maltino "lamentou profundamente" o falecimento do ex-dirigente. Confira:

"O Club de Regatas Vasco da Gama lamenta profundamente o falecimento, aos 74 anos, do Presidente do Conselho de Beneméritos e ex-Presidente da Diretoria Administrativa do Clube, Eurico Miranda.


Formado em Fisioterapia e Direito, Eurico Ângelo de Oliveira Miranda nasceu em 7 de junho de 1944 na cidade do Rio de Janeiro. Aos 23 anos, em 1967, ingressou nas atividades administrativas do Clube, tornando-se Diretor de Cadastro. Durante a década de 70, participou ativamente da vida política do Clube. Em 1979, ao lado de outros vascaínos de renome na época, formou um grupo de oposição (União Vascaína) ao então Presidente Agathyrno da Silva Gomes. No ano seguinte, com a eleição de Alberto Pires Ribeiro, tornou-se Assessor Especial da Presidência e representante do Clube na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ).

Na década de 80, ganhou notoriedade ao participar ativamente das negociações para a repatriação do ídolo Roberto Dinamite – então no Barcelona. Em 1982 e 1985, concorreu à Presidência da Diretoria Administrativa – ambas as eleições vencidas por Antônio Soares Calçada. Em 1987, a convite do próprio Presidente Calçada, assumiu a Vice-Presidência de Futebol, cargo que deixaria apenas para se tornar Presidente do Clube, em 2001.

Durante os quase 14 anos à frente do Departamento de Futebol, contribuiu para a conquista dos títulos da Copa Libertadores (1998), da Copa Mercosul (2000), de três Campeonatos Brasileiros (1989, 1997 e 2000), de um Rio-São Paulo (1999) e de seis Campeonatos Estaduais (1987, 1988, 1992, 1993, 1994 e 1998). Em 1989, assumiu a Diretoria de Futebol da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). No mesmo ano, a Seleção Brasileira conquistou a Copa América depois de 40 anos. Foi também de Eurico Miranda a ideia de criar a Copa do Brasil, competição que há muito tempo tornou-se uma das mais importantes do calendário do futebol brasileiro.

Em 2001, Eurico Miranda assumiu seu primeiro mandato como Presidente da Diretoria Administrativa do Clube. Foi reeleito em 2004 e 2007. Deixou o cargo em 2008. Em 2014, voltou a ser eleito para o triênio 2014/2017. Em 2018, assumiu a Presidência do Conselho de Beneméritos.

Na década de 90, por duas vezes, Eurico Miranda foi eleito deputado federal, ambas pelo Partido Progressista Brasileiro (PPB), em 1994 e 1998.

Eurico Ângelo de Oliveira Miranda era um dos três ex-Presidentes da Diretoria Administrativa do Club de Regatas Vasco da Gama vivos – os outros são Antônio Soares Calçada e Roberto Dinamite. Ele deixa esposa (Sylvia Miranda), quatro filhos (Eurico, Álvaro, Mario e Sylvia) e sete netos."

Por meio de sua conta pessoal no Twitter, o presidente do Vasco, Alexandre Campello, também se posicionou:

"Convivi com Eurico Miranda por 25 anos. Juntos, celebramos grandes títulos no Vasco. Eurico marcou definitivamente seu nome na história do Clube. Manifesto minha solidariedade à Dona Sylvia, aos filhos Eurico, Alvaro, Mario Ângelo e Sylvia e aos demais familiares e amigos."

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