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Balanço de 2017 do Vasco é divulgado com déficit de R$ 23 milhões

Documento foi divulgado a dois minutos do fim do prazo na noite da última segunda-feira

Alexandre Campello, presidente do Vasco
imagem cameraPaulo Fernandes/ VASCO
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 01/05/2018
14:47
Atualizado em 01/05/2018
15:25

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A dois minutos do fim do prazo, o Vasco divulgou no fim da noite da última segunda-feira o seu balanço de 2017. O primeiro documento deste tipo assinado pelo presidente Alexandre Campello tem 56 páginas e apresenta a situação financeira do clube. A expectativa por estes números por parte dos torcedores era grande por conta do desejo de ciência do cenário deixado pelo ex-presidente Eurico Miranda. Nos números apresentados, o exercício de 2017 terminou com défict de R$ 22.954.000,00.

As duas primeiras páginas do balanço fazem parte de uma carta da administração. Pedem associação em massa e destacam que continuarão com a "profissionalização da gestão e completa abertura do Clube aos sócios de qualquer natureza". A atual administração do Vasco diz que iniciou gestão com saldo negativo de R$ 1 milhão em caixa e que o clube devia salários referentes aos meses de novembro e dezembro de 2017, 13º salário e férias e um total aproximado de R$ 15 milhões.

Por conta desta dívida inicial, o balanço do Vasco diz que a gestão pegou um empréstimo de R$ 5 milhões com o empresário Carlos Leite, com 1,2% de juros ao mês e com única garantia a cessão de recebíveis referente à participação do clube no Campeonato Carioca em 2020. Ainda no início, o balanço aponta que o Vasco apresentava inadimplência de R$ 86,2 milhões de dívidas de caráter puramente operacional e que, portanto, colocava em risco a continuidade das operações de imediato. Impostos (R$ 27,4 mi) sendo a maior fatia do montante.

Um ponto que ganhou destaque no relatório do balanço de 2017 foi o adiantamento das verbas referentes aos direitos de transmissão dos jogos do Vasco. A gestão Alexandre Campello atestou no documento que há percentuais de cotas até de 2021 já adiantadas. Deste ano, 92,4% da receita de TV já foi comprometida, seguindo nos anos posteriores com 63,4%, 32,4% e 18,4%. Há no balanço a apresentação de previsão de receita futura deste tipo de renda, detalhando a mudança do formato de contrato com a TV.

Contratada para auditoria pelo Vasco, a BDO Brazil alegou que não teve tempo para analisar profundamente as contas de 2017 para emitir um parecer. Isso por não terem tido até o último dia todos os documentos necessários para tanto. Vale lembrar que o contrato foi assinado em 5 de março. No geral apresentado, em 2017 o Vasco teve cerca de R$ 192 milhões de receita líquida. De despesa, R$ 215 milhões. Déficit de 2017 é R$ 35 milhões de diferença se comparado com o ano de 2016. Pelo balanço, o exercício anterior terminou com superávit de quase R$ 12 milhões.

Outra curiosidade do balanço é relacionada ao geral do patrimônio do clube. O ano de 2017 fechou no déficit de R$ 301 milhões. Há de se destacar também que o Vasco divulgou neste balanço percentuais que tem nos direitos de cada jogador do futebol profissional até o fechamento de 2017 - com, inclusive, comparação de 2016. Destaque que chama a atenção é que nos percentuais o Vasco tem 0 nos direitos de Martin Silva. E poucos nomes da base com 100% sendo do clube (confira tabela abaixo).

As vendas de jogadores também ganharam destaque no balanço de 2017. No ano de 2017 foram R$ 55,2 milhões de receita com venda de atletas. Douglas, negociado com o Manchester City, da Inglaterra, foi o que mais rendeu ao clube: R$ 44 milhões por 100% dos direitos. Já nas vendas de 2018 computam o total de R$ 83,7 milhões de receita pelos direitos. Maior foi Paulinho, negociado por R$ 76,7 milhões por 90% com o Bayer Leverkusen, da Alemanha.

Da venda do Paulinho, apenas 13,65 milhões de euros (cerca de R$ 56,6 milhões) ficaram com o Vasco. Isso pelo fato de o clube ter pago 1,85 milhão de euros (R$ 7,7 milhões) ao empresário Carlos Leite a título de comissão e 3 milhões de euros (R$ 12,6 milhões) ao próprio atleta, a título de bônus por performance. Há a expectativa de outras vendas de jogadores, principalmente no que diz respeito a crias da base, ao longo da temporada.

O balanço de 2017 do Vasco foi assinado por Alexandre Campello, presidente do clube, e o contador Anderson Paulo Silva Santos, da empresa Grant Thornton Outsourcing Serviços Contábeis Ltda.

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