Tenista ucraniana, Kostyuk afirma haver onda de ódio e clima de guerra no vestiário feminino

Ucraniana foi eliminada por russa em Miami e sequer a cumprimentou no encontro

Marta Kostyuk - 15 anos e está na 3ª rodada do Australian Open
Foto: Divulgação

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A ucraniana Marta Kostyuk subiu o tom em entrevista ao Daily Mail, da Grã-Bretanha, e disse que há sim uma tensão no vestiário feminino. Ela foi ainda além em suas declarações.

As tenistas seguem se debatendo publicamente diante da questão da guerra Ucrânia x Rússia que vem desde fevereiro do ano passado.

A ucraniana Lesia Tsurenko afirmou semana passada que o presidente da WTA, Steve Simon, não condenou os russos e bielorrussos por suas opiniões diante da guerra o que gerou um ataque de pânico na jogadora. Iga Swiatek, número 1 do mundo, saiu em defesa da jogadora e disse que há um clima de tensão entre as tenistas. Aryna Sabalenka confirmou a tensão, mas a também bielorrussa Victoria Azarenka negou os conflitos entre as jogadoras.

Kostyuk perdeu da russa Anastasia Potapova em Miami e não a cumprimentou após o duelo. Ela saiu atirando na imprensa.

"Talvez eu não cumprimente algumas jogadoras, mas nunca me dirigi pessoalmente a nenhuma deles dessa maneira. Talvez eu espalhe ódio apenas por fazer parte do vestiário, apenas por estar lá. Não sei o que dizer quando as pessoas falam esse tipo de coisa. O que fica evidente é que existe uma tensão: não somos amigas. É lógico, estamos em guerra no momento", detalha abertamente a tenista ucraniana, que não mostra intenção de mudar nenhum de suas atitudes em quadra. A principal delas, como mencionamos anteriormente, é não cumprimentar jogadores russos ou bielorrussos ao final das partidas, como medida de apoio ao seu país.

Marta também não se cala diante dos comentários que recebe dia após dia. Suas atitudes e declarações fizeram com que muitos fãs se posicionassem contra ela, às vezes beirando o abuso nas redes sociais, algo com o qual Kostyuk parece ter se acostumado totalmente. "Não importa o que eu diga, sei que vou ser mais odiada. Quase todas as notícias que recebo são horríveis e negativas, o simples fato de ler as notícias é sufocante", detalha "Depende de muitas coisas, mas nunca sei como vou conseguir enfrentar os jogos".

Por fim, Kostyuk também afeta um pedido feito pelos jogadores ucranianos: uma reunião com o Conselho WTA após as declarações de muitos jogadores nas últimas semanas, especialmente os supostos comentários de Steve Simon a Lesia Tsurenko. Para já, a WTA tem ignorado os pedidos destes jogadores, como revelou Marta. "Queríamos fazer uma reunião e, por enquanto, não tivemos. Não obtivemos resposta. Nada. Só obtivemos silêncio", disse a jogadora que pede um pouco mais de empatia tanto dentro do vestiário quanto fora dele.

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