Em busca de salto, Fonseca mira maturidade dentro e fora de quadra na temporada

Jovem de 16 anos fez final juvenil de duplas no Australian Open e acompanha o time do Brasil na Copa Davis

João Fonseca treina com o time da Copa Davis
Luiz Candido/CBT

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O jovem carioca João Fonseca, de 16 anos, tem tido dias bem agitados para uma jovem carreira Após a grande campanha no Australian Open juvenil com o vice-campeonato de duplas, sua primeira final de Grand Slam, e quartas de simples, ele treina com a equipe titular do Time Brasil BRB da Copa Davis que enfrenta a China nesta sexta e sábado no Costão do Santinho, em Florianópolis.

João destacou o aprendizado com a equipe formada pelo capitão Jaime Oncins e os tenistas Rafael Matos, Thiago Monteiro, Felipe Meligeni, Matheus Pucinelli, Gustavo Heide, além do juvenil João Schiessl: "Estou ambientado, sou amigo de todos, gosto muito da união deles, muito bom. Aprendendo cada vez mais e evoluindo mais com o capitão, experiente, muito aprendizado. Só tenho a agradecer, quero evoluir cada vez mais" .

Fonseca detalhou sua campanha no Australian Open onde esteve perto de uma semifinal em simples e foi finalista nas duplas. Com tão pouca idade e apenas seu terceiro Slam ele já tem um troféu na bagagem ao lado do belga Alexander Blockx, que foi seu algoz nas quartas de simples: "Tive duas semanas muito boas que começaram ali em Traralgon quando cheguei nas oitavas. Fiz uma pré-temporada muito boa, no Australian Open ganhei três jogos, um deles do cabeça 6 que tinha perdido duas vezes então foi um torneio de muito aprendizado. Perdendo para o cabeça 3 que foi o campeão, meu parceiro Alexander. Foi um jogo muito duro. Estive a dois pontos de vencer a partida com 5 a 4 e saque no tie-break do segundo set. São pequenos detalhes que acabam acontecendo. É vida de tenista e é seguir trabalhando cada vez mais para chegar onde quero chegar". A final nas duplas foi até certo ponto uma surpresa para ele: "Sinceramente, a dupla não é meu forte, mas jogamos muito bem na semana. Sempre sonhei em ganhar um Grand Slam. Foi quase. Mesmo com o troféu a cerimônia foi bem legal e fiquei feliz com tudo".

Após a experiência na Davis, João treinará no Rio de Janeiro visando o Rio Open onde terá a primeira experiência na chave profissional de um ATP. Será a realização do sonho para a promessa do tênis brasileiro que foi em todas as oito outras edições como torcedor: "Indescritível, sempre sonhei, fui em todas as edições, torcendo na arquibancada. Ano passado fiquei como sparring treinando. Esse ano jogando a chave principal então estarão todos os meus amigos, família. Será a primeira vez, tomara que de muitas, mas muito feliz pela oportunidade e só agradecer e trabalhar para chegar bem".

O ano será uma mescla de eventos juvenis e profissionais para o tenista que é o 13º do mundo do ranking júnior e está logo abaixo dos 800 como profissional. Ele jogará o Banana Bowl em Criciúma (SC), depois em março disputa torneios profissionais futures na Turquia ou nos Estados Unidos. Para o fim de maio joga juvenil em Milão, na Itália, depois Roland Garros, e segue para Roehampton e a seguir em Wimbledon. Em agosto terá um preparatório antes do US Open juvenil.

O tenista coloca como meta "estar no nível dos 300 do mundo ATP e dentro dos dez melhores juvenis", mas o principal é a evolução no seu tênis: "Venho trabalhando a entrada nos pontos, solidez e preparação física melhorar meu rendimento físico para aguentar cada vez mais que agora começando mais no profissional , o giro e peso da bola muda, se corre muito mais", destacou: "Tenho metas sim com meus treinadores, mas de maturidade e responsabilidade não só dentro, mas fora de quadra, metas de ranking pro ano é ter nível 300 ATP e ser top 10 juvenil. Tenho outros objetivos, mas são mais com a equipe".

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