Becker: ‘Sempre falamos de Federer, Nadal e Djokovic, falemos da nova geração’

Ex-número 1 do mundo ressalta que o mundo do tênis precisa aprender a respeitar Djokovic

Novak Djokovic
USTA

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O ex-número 1 e ex-treinador do sérvio Novak Djokovic, o alemão Boris Becker, analisou a última edição do US Open e dedicou um tempo a falar do ex-pupilo, no podcast alemão Das Gelbe vom Ball da Eurosports alemã.


Becker voltou a dizer que o público e a mídia não aceita o sucesso de Djokovic nas quadras e por isso tenta, em maioria, pintá-lo como uma pessoa ruim. "Tanto o público como a mídia têm que se acostumar com o fato de que não há dois, mas três que são ótimos como tenistas e pessoas. Não é aceitável, aliás, é injusto, que Novak seja sempre o bandido e Roger e Rafa sempre são os bons. Espero que estas duas semanas em Nova Iorque, o discurso final e subsequente, bem como a reação do público, façam com que seja finalmente visto de uma perspectiva diferente", pontuou.

Becker, que trabalhou por três anos com o sérvio revelou que não tinha o visto chorar como no US Open: "Nunca vi Novak chorar em uma quadra de tênis. Ele realmente deve ter atingido seu limite emocional". Para Becker, Djokovic pode ter concentrado suas forças para a disputa dos Jogos Olímpicos e por isso, chegou desgastado nos estados Unidos: “Foi demais. Ele teve que representar o seu país, mas ele é um ser humano e não pode vencer tudo o tempo, aguentar a pressão e ficar em forma”.

Ao ser questionado sobre os destaques do US Open e os novos nomes que podem vir a dominar o circuito adiante, Becker opinou: “Eles deram um passo em frente. Logicamente, Novak continuará a ocupar um papel importante no próximo ano e também desejo que o Rafa volte e o Roger se recupere, embora haja um grande número de jovens jogadores que estão bem. Existem caras como[Carlos] Alcaraz, [Holger] Rune, [Jannik] Sinner, [Felix] Auger Aliassime mais os de idade mediana como [Alexander] Zverev, [Stefanos] Tsitsipas e [Daniil] Medvedev . Temos falado sobre Federer, Nadal e Djokovic por 15 anos porque eles simplesmente ganharam tudo. Agora temos que nos acostumar a falar sobre a outra geração, que traz tudo o que os fãs de tênis desejam".

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