Jesus é nome que agrada à CBF para assumir a Seleção Brasileira, mas um fator pesa contra; saiba

Nome do ex-flamenguista circula na CBF, mas com ressalvas por conta do comportamento explosivo que ele possui

Jorge Jesus
Jesus está de saída do Fenerbahçe e tem o sonho de comandar uma grande seleção (Foto: OZAN KOSE / AFP)

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Se Jorge Jesus aguarda o contato da CBF para realizar o sonho de dirigir uma grande seleção, a entidade ainda não está convencida que o profissional é o nome ideal para comandar o Brasil. Há uma preocupação com o temperamento do português, que, ainda assim, é um nome do radar da Confederação Brasileira de Futebol. 

Com exceção a Ancelotti, que já recusou as investidas da Seleção Brasileira mais de uma vez, nenhum técnico ainda foi procurado formalmente para conversar sobre o cargo em aberto desde a eliminação brasileira na Copa do Mundo do Qatar, no início de dezembro do ano passado. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, ainda quer tentar o treinador italiano, mas, paralelamente a isso, outras opções são discutidas internamente entre os responsáveis pela Amarelinha, entre elas Jorge Jesus. 

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Jesus é um nome que agrada tecnicamente na entidade. Existe até um coro de pessoas que frequentam a sede da CBF, no Rio de Janeiro, e defendem a contratação do português. Porém, as referências obtidas pela direção da Confederação é do profissional ser bastante temperamental e difícil de lidar no dia a dia. Os responsáveis pela Seleção, no entanto, buscam um técnico de perfil agregador. A avaliação interna da Confederação Brasileira de Futebol é que o trabalho de Tite à frente da Seleção Brasileira foi positivo, e o intuito é contratar um sucessor com perfil semelhante, que chame o grupo para si e que evite brigas internas, até mesmo com os dirigentes. E isso não é algo que se pode esperar de Jorge Jesus. 

A situação é parecida com a de Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, que não é bem aceito na CBF por conta dos episódios onde se excedeu na beira do campo e acumulou advertências, cartões e expulsões. 

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Gênio forte afasta os portugueses Jorge Jesus e Abel Ferreira da Selelção Brasileira (Foto: Divulgação/SC Braga)

Algo que pode pesar a favor de Jesus é ele estar livre no mercado, já que no último domingo (11) anunciou a sua saída do Fenerbahçe, da Turquia, logo após conquistar a copa local. Em entrevista concedida após a vitória por 2 a 0 sobre o Istanbul Basaksehir, ele disse que estava deixando o clube turco para realizar um sonho. 

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Pessoas ligadas ao treinador afirmam que ele sempre teve dois grandes objetivos: comandar uma seleção de calibre internacional ou dirigir uma equipe de primeiro escalão na Europa. Hoje, a primeira opção é a mais plausível, sendo o Brasil a opção que mais desponta como viável por todo o cenário de indefinição. 

Internamente, a CBF não definiu um ‘plano B’ para Ancelotti. Fernando Diniz tem boa aceitação, mas a queda de desempenho do Fluminense nos últimos jogos colocaram a opção pelo treinador em xeque. Outro que tem a sua ‘legião de seguidores’, mas não é unanimidade, é Dorival Júnior. O entendimento de pessoas importantes da entidade máxima do futebol brasileiro é de que em jogos decisivos as equipes dirigidas pelo profissional não performam bem. Isso, portanto, surge como um grande impeditivo, já que as principais competições entre seleções são no formato mata-mata - com exceção das eliminatórias para a Copa do Mundo, que seguirá disputada em pontos corridos, mesmo com o aumento das vagas para o próximo Mundial. 

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