Copa América poderá ser um divisor de águas para Dunga na Seleção

Editores e colunista do LANCE! avaliam se o tempo maior de trabalho com jogadores e desempenho na competição podem, de fato, determinar o destino do treinador no cargo

Dunga
Dunga chegou aos Estados Unidos pressionado pelos maus resultados (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)

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O clima festivo da edição de 100 anos da Copa América passa longe da Seleção Brasileira. Afinal, o Brasil não vive bom momento nas Eliminatórias, onde ocupa a sexta colocação, e isso acaba influenciando no trabalho do técnico Dunga, que está bastante pressionado.

O desempenho na competição sul-americana será a chance que o comandante tanto desejava para ter tempo de trabalho com o grupo de jogadores. Contudo, será que isso será suficiente? A Copa América será, definitivamente, um divisor de águar para Dunga na sequência da Seleção Brasileira?


Os editores Carlos Alberto Viera e Valdomiro Neto e o colunista João Carlos Assumpção analisaram o momento do treinador e seu futuro no cargo.

CARLOS ALBERTO VIEIRA
Ter tempo para os treinamentos faz alguma diferença. Mas vamos considerar que Dunga teve momentos para trabalhar o grupo (mais de uma semana assim que assumiu, com os amistosos nos EUA contra Colômbia e Equador; na preparação para a Copa América no ano passado) e o que vimos, principalmente no torneio sul-americano, não foi animador.

A questão não é tempo. Nem é falta de treino, pois Dunga notoriamente faz o elenco suar. Mas o que ele tentará transmitir. Treinar muito, mas não apresentar novidades ou aproveitar as melhores características dos jogadores, hoje, no futebol moderno, é a mesma coisa que nada.

O divisor de águas para Dunga será fazer o (bom) time do Brasil jogar como uma equipe moderna. Se ele conseguir isso, talvez o time jogue bonito e isso faça o comandante ganhar sobrevida.

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
​A CBF está perdida em relação a Dunga e à Seleção. Marco Polo Del Nero queria tirar o treinador, mas foi atropelado pelas denúncias que o atingiram e também pelo não de Tite.

Errou ao apostar em Dunga para a Olimpíada, mas dependendo do desempenho do Brasil na Copa América o técnico não resistirá no cargo e sairá antes de agosto.

Tempo para trabalhar o time Dunga agora tem, mas está perdido no comando, não se reciclou de 2010 pra cá e não tem condições de fazer a Seleção embalar nas Eliminatórias independentemente do que acontecer nos Estados Unidos.
E para atrapalhar um pouco mais as coisas o povo está divorciado da Seleção.
Hoje muito torcedor não apoia o time. Ou torce contra ou o ignora, resultado do péssimo trabalho da CBF.

VALDOMIRO NETO
Sabemos que uma das grandes dificuldades para um técnico de Seleção é a falta de período para treinos. Portanto, Dunga terá essa oportunidade. Poderá apresentar uma equipe mais entrosada e com futebol melhor.

Se isso convencerá quem manda na CBF é outra coisa. É provável que apenas o título dê sobrevida ao treinador. E você pode evoluir sem conquistar a taça, não há relação direta inevitável.

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