Aprimoramento e disputas internas: as metas de Tite para a Seleção na reta final das Eliminatórias

Com classificação bem encaminhada para o Qatar, técnico volta preparação da equipe canarinha para dar espaço à observação de atletas e definir modelos de jogo

Chile x Brasil - Tite
'Claro que queremos resultados, mas essa evolução precisa ser feita', diz Tite (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

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A busca por aprimoramento e competividade constantes ditarão a Seleção Brasileira na reta final das Eliminatórias da Copa do Mundo. Por mais que a classificação para o Mundial de 2022 esteja ao horizonte, o técnico Tite planeja consolidar seu trabalho, fazer  testes e observações e estabelecer o caminho ideal para o Brasil no torneio. 

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- O momento é de preparação. Os números têm que ser avaliados, críticas são feitas. Só para te dar o exemplo quantitativo pra avaliarmos qualitativamente. Antes de 2018, convocamos 40 atletas. Não tínhamos tempo para testar jogadores. Era formar o time, classificar e ir para a Copa. Foi retirada a possibilidade de oportunizar atletas - declarou, em entrevista coletiva após  convocação feita na última sexta-feira (24), reforçando:

- Agora já foram 52 atletas. Estamos encaminhando bem a classificação. Claro que queremos resultados, mas essa evolução precisa ser feita. E estamos oportunizando atletas novos e jovens. É visando o Mundial, a partir do momento que estamos muito bem encaminhados - complementou.

O leque de Tite abriu espaço para mais uma estreia: o atacante Antony, do Ajax, mais um vindo da geração medalhista de ouro em Tóquio. Também no setor ofensivo, Raphinha tem nova chance e surge como estreante, após o veto dos clubes da Premier League "tirá-lo" da convocação de setembro.

O comandante não esconde que ainda há um quebra-cabeças para montar a linha de frente da equipe.

- O futebol tem diversas formas de vencer, diversos modelos. Depende de uma série de aspectos importantes. É do meio para frente sim que a situação está em aberto - declarou.

A criatividade tem causado a maior dor de cabeça para Tite nesta caminhada. Nas partidas contra o Chile e o Peru, o Brasil deslanchou apenas com a formação de dois meias (adiantando Neymar para o setor ofensivo). Lucas Paquetá e Everton Ribeiro saíram na frente, mas o fato do comandante já estar atento ao regresso de Coutinho aos gramados sinaliza que segue à procura de mais articuladores que se encaixem ao seu estilo de jogo.

A outra opção é dispor da polivalência de Edenilson e mostrar expectativa também em Gerson.

- Ele (Gerson) era um 10 que virou 8. Um meia que virou segundo volante, um segundo meio-campista. Nos agradou muito o trabalho com a gente, no jogo contra o Peru. Temos bons jogadores na posição e demos tempo a todos a eles. O Gerson demorou um pouco a vir, mas queríamos, quando viesse, que tivesse continuidade, que está tendo. Gerson nos dá essa condição, um pouco diferente do Fred, de te dar mais um pouco de criação, dentro dessa ideia de volume maior de criação na equipe - disse.

Por isto, a formação em 4-3-3, com Casemiro se tornando o ponto de equilíbrio, segue na manga. Nas próximas partidas. Gabigol, Gabriel Jesus, Matheus Cunha, Vinicius Júnior, Antony e Raphinha abrirão concorrência pela linha de frente. O caminho traçado para Neymar, que não atua diante da Venezuela por cumprir suspensão, também segue no ar.

- A gente vai buscando e o atleta nos jogos vai demonstrando sua qualidade para que possa confirmar sua convocação - disse.

O Brasil está na liderança das Eliminatórias, com 24 pontos em oito partidas.

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