São Paulo quebra a cabeça, faz contas e estuda plano financeiro para contratar Claudinho e Soteldo

Oportunidade surgida para contar com nomes de peso no elenco faz diretoria tricolor mover financeiro para traçar plano econômico e atender anseios de Rogério Ceni

Zenit Gazprom
Claudinho foi um dos principais jogadores do Brasileirão nos últimos anos e está no Zenit (Foto: Divulgação)

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'Dia 18 (de julho) não chega nunca '. A frase dita pelo técnico Rogério Ceni nos vestiários do São Paulo após a vitória por 1 a 0 sobre o rival Palmeiras, na quinta-feira (23), expõe o desespero da comissão técnica tricolor pela data de abertura da janela de transferências do futebol brasileiro, quando espera, enfim, receber mais peças para reforçar o plantel.


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Não é para menos, com nove desfalques por contusão, sendo que três deles passaram por cirurgia e tem pouca possibilidade de voltarem a campo nesta temporada (Caio, Luan e Arboleda), Ceni tratou com a cúpula do futebol são-paulino a necessidade de trazer mais peças.

Em um primeiro momento, a diretoria estabeleceu um perfil definido de contratações: jogadores baratos ou que cuja vinda não teria impactos financeiros. É o caso do atacante Marcos Guilherme, que passou pelo clube em 2017 e acertou um contrato de produtividade até o final do ano após rescindir com o Internacional. Ele deve ser anunciado em alguns dias, após se curar da Covid-19.

Entretanto, uma série de fatos ocorridos nos bastidores pode fazer o Tricolor sonhar com degraus mais altos.

O Conselho Deliberativo do São Paulo decide na próxima segunda-feira (27) se aprova ao menos três empréstimos bancários já feitos pela gestão Júlio Casares para ajudar no equilíbrio das contas do clube até o final do ano. Somado, o montante passa dos R$ 25 milhões.

Em abril deste ano, o Conselho Deliberativo aprovou o empréstimo de R$ 20 milhões feito pelo clube com a BTG Pactual, que tinha a mesma finalidade.

Na avaliação interna, o Tricolor começou a fazer contas e montar um projeto para usar esse fluxo de caixa para buscar nomes de peso aprovados por Ceni.

Oportunidades apareceram. E o Tricolor quer aproveitá-las, segundo o LANCE! apurou.

O primeiro nome é o de Soteldo. Sonho antigo do São Paulo, o venezuelano caiu em desgraça no Tigres, do México, para onde se transferiu no início do ano. Além dos números fracos (apenas um gol e duas assistências), ele é acusado de indisciplina por não realizar as atividades exigidas na pré-temporada da equipe. Por isso, o clube aceitaria negociá-lo para ao menos recuperar o investimento feito (cerca de R$ 33 milhões).

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A segunda vem da Rússia. Isso porque, os atletas que atuam nesse país podem se beneficiar da nova regra da FIFA anunciada nesta semana, que permite a suspensão dos contratos até o fim de junho de 2023 por conta dos conflitos com a Ucrânia.

Nessa toada, empresários teriam oferecido ao clube o meia Claudinho, ex-Bragantino, para jogar por empréstimo durante esse período, com o Tricolor tendo de bancar apenas os salários. A informação foi divulgada primeiro pela rádio Jovem Pan.

Não é pouca coisa. Claudinho ganha mais de R$ 1 milhão por mês. E em um primeiro momento, a diretoria correu para desmentir o interesse no jogador de 25 anos. Mas a tentação bateu à porta e o presidente Júlio Casares, segundo apurou o L!, vem tramando um planejamento financeiro para ver a possibilidade de negócio. Não será fácil, já que clubes com mais dinheiro em caixa, como o Flamengo, também teriam interesse no atleta.

De certo mesmo, para a diretoria, está a necessidade de colocar a mão no bolso para contratar atletas em três setores que, na avaliação da comissão de Ceni, estão deficitários: zaga, primeiro volante e goleiro. Para a defesa, o interesse é antigo: Igor Rabello, do Atlético-MG. A urgência da necessidade deve forçar o Tricolor a gastar além do planejado. Para as outras duas, a calma nas tratativas é a tônica.

O orçamento do São Paulo para 2022, aprovado pelo Conselho Deliberativo, prevê a captação de R$ 120 milhões em empréstimos. O estatuto do clube, no entanto, exige que os contratos sejam submetidos à aprovação do órgão. Ao todo, o Tricolor acumula uma dívida de aproximadamente R$ 650 milhões.

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