Dorival enaltece entrega do São Paulo em vitória na Venezuela após ‘odisseia’: ‘Não trabalhamos, não treinamos’

Treinador também festejou a marca de dez partidas sem conhecer derrota neste retorno ao Morumbi

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Dorival comanda Tricolor durante partida na Venezuela (Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC)

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Dorival Júnior era a exemplificação de felicidade nos vestiários do São Paulo após a vitória sobre o Puerto Cabello por 2 a 0 na noite desta terça-feira (23), resultado que praticamente encaminhou a classificação do clube do Morumbi na Copa Sul-Americana.

Não era para menos. Mais do que simplesmente a classificação no Grupo D pura e simplesmente, o resultado tornou Dorival como o único treinador do São Paulo a se manter os dez jogos iniciais invictos no comando do Tricolor neste século. E veio após uma verdadeira odisseia, com o clube encarando uma viagem de quase 16 horas da capital paulista à venezuelana Valencia, sem sequer ter tempo para treinar.

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- Não trabalhamos, não treinamos, assim como retornaremos e não conseguiremos fazê-lo também. Mas, ainda assim, a equipe está dando uma resposta muito boa. Jogamos sete jogos fora de casa e apenas três em casa, mesmo assim tivemos resultados importantes, jogadores estão entendendo as dificuldades que estamos passando, enfrentando qualquer situação, passando por cima de tudo para conseguirmos resultados.

- Jogo difícil, estamos vindo de uma sequência muito pesada, com Brasileiro, Copa do Brasil e Sul-Americana. Tivemos uma logística muito complicada para uma equipe de futebol. Saímos de São Paulo praticamente meia-noite de domingo para segunda-feira e chegamos aqui às 17h do dia seguinte, foi quase um dia viajando - completou Dorival.

A maratona foi a principal justificativa do comandante são-paulino para usar a escalação completamente alternativa no duelo desta noite. Segundo ele, mais do que táticas e pensamento no adversário, jogou quem de fato estava bem.

- Tentei colocar quem estivesse melhor clínica e fisicamente falando, pelo desgaste que tivemos, dificuldades da última partida. Alguns jogadores estiveram na partida anterior, a grande maioria não. Isso poderia fazer com que o jogo ficasse um pouco mais igual em razão do desgaste. Acredito que tenha sido a opção correta, mesmo sacrificando alguns jogadores, caso do Wellington (Rato). Foi uma tomada de decisão coerente e fico muito feliz não só pelo resultado, mas pela disposição da equipe dentro de campo.

Sobre a histórica marca, Dorival mais uma vez procurou minimizar o feito individual e enaltecer o comprometimento de todo o elenco.

- Todos estão treinados, preparados e esse é o objetivo. Quando colocamos a situação de uma equipe que se inicia, a equipe que está fora está consciente do que está acontecendo e será treinada. O período tem sido curto e sinto que poderíamos ter tempo maior não só para recuperação, mas adaptação de exigências de cada partida. Os jogadores têm dado uma resposta positiva, têm entendido o trabalho e mesmo com o desgaste dessa viagem, estou muito satisfeito e feliz.

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