Odair comenta cobrança da torcida do Santos: ‘O ambiente torna a situação nervosa’

Treinador afirmou que tensão é reflexo das últimas duas temporadas

Odair Hellmann Santos
Odair Hellmann em ação durante Santos x Ferroviária (Foto: Raul Baretta / Santos FC)

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Após o empate em 1 a 1 do Santos diante da Ferroviária, o técnico Odair Hellmann concedeu entrevista coletiva no Estádio do Canindé. Os protestos da torcida, ocorridos ainda no primeiro tempo, foram tema de pergunta para o treinador, que analisou o ambiente do clube 

- O que faltou hoje foi o gol, para coroar o que a equipe fez em campo como performance. E falo sobre o aspecto tático e físico, mas também coroar o aspecto mental. Não é fácil para um atleta profissional, experiente ou jovem passar por um ambiente nervoso e conseguir ter estabilidade. O ambiente torna a situação nervosa. 


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Na mesma resposta, Odair ainda afirmou que a cobrança de hoje é reflexo dos últimos dois anos do Santos, que tem disputado apenas a permanência na primeira divisão nos últimos campeonatos. 

- Eu entendo a tristeza do torcedor, e os dois anos que o Santos não conseguiu dar uma resposta técnica à sua torcida. O torcedor tem que cobrar e vaiar quando achar que a equipe não está produzindo. Eu não vou vaiar jogador mas, como profissional, vou fazer as cobranças, para que a gente busque uma evolução. Mas, realmente, esses dois anos anteriores estão refletindo aqui dentro, tanto na relação do torcedor com os jogadores quanto na intranquilidade para fazer uma partida. 

A próxima partida do Santos está marcada para o sábado, dia 04, às 18h30 (hora de Brasília), no Morumbi, para a disputa do clássico contra o Palmeiras pelo Paulistão. Confira abaixo mais trechos da coletiva de Odair Hellmann. 

RELAÇÃO COM O TORCEDOR
​- Quero agradecer o torcedor que veio aqui com chuva. O torcedor é a razão da vida do clube, como eu conversei com os jogadores, e a prova disso é que o Ângelo veio aqui pedir desculpas. Como eu falei na outra coletiva, ele é um jovem e está passando por um processo de amadurecimento, a aprendizagem do não-enfrentamento com o torcedor. Nós precisamos produzir o que produzimos hoje para trazer o torcedor para o nosso lado. A gente sabe que o torcedor do nosso lado faz uma diferença tremenda. Hoje empurrou a equipe e vaiou em outros momentos, mas a vaia não é por hoje. É algo que está entalado. E quero tirar isso aqui (indignação dos últimos anos) o mais rápido possível. Peço um voto de confiança para que a gente consiga dar esse passo. 

PROPOSTA POR ÂNGELO
​- Não tenho essa informação (sobre saída de Ângelo). Estava totalmente concentrado no jogo e minha preocupação com o Ângelo desde o último jogo era conversar com ele e fazer o movimento que eu fiz, de tirar ele da equipe, para tirar a centralidade de uma situação com o jogador, e buscar essa retomada aos poucos dentro de um processo natural. Sobre negociação, é um aspecto que, se está acontecendo, vou me informar mais agora. A gente quer contar com todos. 

VAIAS NO PRIMEIRO TEMPO
- Eu não vou falar nada do torcedor e para o torcedor. Eu sou um profissional pago para encontrar soluções para o time, fazer o time jogar e vencer as partidas. Quando não acontece, o treinador é demitido. Acho que ninguém pode ter essa certeza (que as vaias deixaram o time nervoso). O primeiro chute deles foi aos 38 do primeiro tempo, nós tivemos várias oportunidades. Eu prefiro falar da parte positiva que, mesmo com toda a pressão e cobrança, mesmo saindo atrás em um jogo que você está melhor, (o time) sai de campo vaiado e volta para o segundo tempo com a mesma mentalidade forte e organização, busca o 1 a 1 e devia ter saído com o resultado positivo. Nós vamos enfrentar esse momento difícil. 

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