Roger vê sua estratégia dar certo e Felipe Melo expulso por histórico

Treinador comemora por enxergar que os planos traçados pelo Palmeiras deram certo o tempo inteiro na primeira final e conversou com seu volante sobre o cartão vermelho

Corinthians x Palmeiras
Eduardo Carmim/Photo Premium

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Roger Machado deixou o estádio de Itaquera com a sensação de que sua estratégia deu certo o tempo todo na vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, na primeira final do Campeonato Paulista. E o técnico do Palmeiras, ao abordar Felipe Melo a respeito da confusão que gerou a sua expulsão, concluiu que o volante recebeu cartão vermelho por seu histórico polêmico.

- No intervalo, conversei com o Felipe e ele disse: professor, não fiz nada. As imagens mostraram que talvez tenha sido um exagero, com ele pagando pelo retrospecto. Essas confusões não deveriam nem acontecer, fica feio. Agora é página virada, e que não levemos nada para o próximo confronto - disse o treinador do Verdão, tentando entender o tumulto generalizado no final do primeiro tempo.


- Com relação às confusões, é difícil você manter a calma. O sangue fica quente. Não deveria acontecer, não deve acontecer novamente. Nós somos responsáveis por isso, nos reunimos na Federação (Paulista de Futebol) para que as coisas fluíssem bem. Não foi por falta de iniciativa que as coisas aconteceram, mas não é legal - prosseguiu Roger, feliz pelo que viu do Verdão dentro de campo, inclusive no ajuste após a expulsão de Felipe Melo, trocando Borja por Moisés, no intervalo.

- Penso que a nossa estratégia foi bem executada durante 90 minutos. O fato de termos saído na frente logo no início nos deu a ideia da dificuldade que a gente poderia impor ao Corinthians mesmo dentro da sua casa. O gol logo no início reforçou nossa estratégia de marcar as principais ações do Corinthians. A partir da expulsão foi um outro panorama, mas com estratégia muito parecida. Depois das expulsões, reajustamos um pouco. Minha opção foi tirar o Miguel para continuar marcando o meio forte deles sem deixar de ter o contra-ataque como arma. Demos um passo importante, mas a decisão está aberta.


O Palmeiras só precisa empatar no jogo de volta da final do Campeonato Paulista, no dia 8, no Allianz Parque, para ser campeão. Caso perca por um gol de diferença, a decisão vai para os pênaltis, e triunfo alvinegro por dois ou mais gols de vantagem deixa a taça com o Corinthians.

Confira outros temas abordados por Roger Machado neste sábado:

Recuo do time
O nosso adversário tem muita qualidade. Por vezes, ele vai nos empurrar para o nosso campo. A estratégia era marcar alto o máximo possível. Várias vezes conseguimos impedir essa conexão deles. Porém, em alguns momentos, o talento dos jogadores vai levar vantagem e nos levar para três. No segundo tempo, sim, com um número menor de jogadores, foi pensado (o recuo)

Não criou mais chances
Claro que em determinados momentos, quando a gente contra-atacava, eu gostaria que a gente pudesse criar oportunidade para fazer o segundo gol. Mas com homens a menos em campo, o desgaste, por vezes você dá uma dosada e fica com um jogo mais de posse. Fomos eficientes. Em boa parte do tempo a gente impediu os jogadores de meio deles acionarem as jogadas fortes que eles têm pelas beiradas

Lucas Lima ajudando a marcar
É convencimento. Eu, como gestor, não obrigo nada aos atletas. Tenho que arrumar argumentos para que eles se convençam que aquilo é melhor para o coletivo e que vai ajudar a render mais ofensivamente. Quando o atleta é agressivo sem a bola, automaticamente vai estar concentrado com a bola. Quando a gente se desliga dos aspectos táticos da partida, quando a bola chega não nos pega no contexto da partida.

Time de terça-feira
O mais importante, neste momento, é descansar todo mundo e reavaliar todos. A partir de amanhã a gente começa a pensar no jogo da Libertadores, que é importante também. Agora, não dá para desconsiderar o desgaste. Eu fiz uma substituição estratégica e outras duas por desgaste. O Victor sentiu. Naquele momento eu estava pronto para colocar o Keno. Agora é tentar descansar. O desgaste é inevitável, esse é o nosso calendário. O dia que a gente pensar o calendário com critério todo o restante de evolução vai vir na esteira. É impossível você manter o mesmo nível de atuação jogando com tanta densidade, em espaço muito curto. Hoje vimos o desgaste das duas equipes. O campo estava molhado e os 45 minutos finais foram com campo maior, porque havia dois jogadores a menos. Temos que lidar com o que temos.

Tite
A base da construção da minha carreira está muito ligada ao que aprendi com o Tite, mas hoje sou o Roger Machado. O que vai para campo é o que a gente trabalha no dia a dia, com aquelas bases muito fortes que adquiri ao seu lado como jogador. Gosto muito da forma de gestão dele, de fazer os atletas se convenceram de que o melhor a ser feito é aquilo.

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