Lance!
• Publicada em 31/05/2023 - 13:51 • São Paulo (SP)
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Na última terça-feira (30), após pedido do Palmeiras, foi aberto um inquérito policial para investigar possíveis delitos da Real Arenas, empresa da WTorre, que teria uma dívida de cerca de R$ 128 milhões com o clube por conta de receitas não repassadas como previsto no contrato de exploração do Allianz Parque. A informação, dada primeiramente pelo GE e confirmada pelo LANCE!, repercutiu e a Real Arenas se posicionou fortemente contra o Verdão, que por sua vez decidiu esclarecer a situação com um comunicado oficial divulgado nesta quarta (31).
O delegado titular do 23º Distrito Policial de São Paulo atendeu ao pedido do Palmeiras, abriu inquérito e vai apurar possíveis crimes de apropriação indébita e de associação criminosa. Ainda há a solicitação para o bloqueio de bens da empresa e de seus gestores, além da quebra de sigilo bancário da Real Arenas desde novembro de 2014.
Segundo o contrato selado entre o Verdão e a WTorre, o clube tem direito a receber percentuais que crescem gradativamente ano a ano do acordo de exploração do estádio. Ou seja, parte das receitas referentes a exploração de áreas da arena, camarotes, realização de shows, locação de cadeiras e até naming rights devem ser direcionadas aos cofres do Alviverde, algo que não tem acontecido.
Com a repercussão, a Real Arenas se posicionou (veja comunicado na íntegra abaixo) de forma contundente contra o novo capítulo e repudiou "esse novo ataque unilateral da presidente Leila Pereira", além de condenar a postura do Palmeiras, que seria de "falta de respeito às autoridades arbitrais". Diante disso, o Alviverde expôs publicamente o porquê da atitude que tomou e lamentou a citação à mandatária do clube. Confira:
"Em face do comunicado emitido na noite de ontem pela Real Arenas acerca do inquérito policial instaurado para que sejam apurados os possíveis delitos de apropriação indébita e associação criminosa cometidos pela superficiária do Allianz Parque, a Sociedade Esportiva Palmeiras esclarece que:
– A dívida referente a repasses não realizados pela Real Arenas, totalizando R$ 127.972.784,97 (até março de 2023), cobrada por meio de Execução Judicial em curso perante a 29ª Vara Civil da Comarca de São Paulo, é incontroversa e assumida pela própria superficiária do Allianz Parque em relatórios mensais enviados ao clube, sendo tal processo judicial público e sem qualquer sigilo ou confidencialidade, ao contrário dos da Corte Arbitral;
– Desde a inauguração do Allianz Parque, em novembro de 2014, a Real Arenas efetuou os referidos repasses em apenas sete meses, desrespeitando, reiterada e insistentemente, de forma unilateral o contrato firmado entre as partes e causando enorme prejuízo financeiro ao clube. Tal prática deliberada e evidentemente ilícita por parte da Real Arenas e seus representantes deu ensejo ao pedido de instauração de inquérito policial junto ao 23º DP;
– A presidente Leila Pereira, mencionada nominalmente de modo desrespeitoso no comunicado divulgado pela Real Arenas, tem o dever de zelar pelos direitos e interesses do clube e assim o fará até o fim do seu mandato".
Confira o posicionamento da Real Arenas publicado na última terça-feira (30):
"A Real Arenas não tem conhecimento formal sobre a informação veiculada na imprensa a respeito de abertura de Boletim de Ocorrência e repudia esse novo ataque unilateral da presidente Leila Pereira. A dirigente tem desrespeitado de forma reiterada as decisões do Tribunal de Arbitragem, que tramita sob sigilo, e tenta atingir de forma injustificável a reputação da empresa parceira da SEP. Esse novo e despropositado ataque não condiz com a gestão séria da Real Arenas, que investiu na construção do Allianz Parque, reconhecida como melhor arena da América Latina.
Vemos com perplexidade a mudança repentina de atitude, uma vez que tivemos nos últimos anos negociações pacíficas relacionadas aos créditos e débitos de parte a parte.
Também nos causa profunda estranheza que este novo factoide aconteça com a ordem de alguém que é cliente Real Arenas na locação de camarotes e dos serviços para operação deles de forma ininterrupta desde 2017, como gestora da Crefisa.
Lamentamos este novo capítulo de falta de respeito às autoridades arbitrais nas tratativas e manteremos nossa postura de tratar os trâmites legais nos fóruns adequados".
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