Leila já fala em renovar patrocínio e retoma campanha por novo estatuto

Conselheira e patrocinadora organizou um jantar nessa quinta-feira para membros do conselho, pensando na ratificação da alteração do mandato presidencial para três anos

Leila Pereira
Leila Pereira durante evento na noite de quinta-feira, em São Paulo (Foto: Thiago Ferri)

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Leila Pereira começou a "parte 2" da campanha pela mudança do estatuto do Palmeiras. Depois de aprovada no Conselho Deliberativo, a alteração do mandato presidencial de dois para três anos precisa ser ratificada na assembleia geral de sócios, marcada para o dia 4 de agosto. 

Em jantar num hotel em São Paulo (SP), Leila convidou os conselheiros que votaram a favor da alteração, traçando planos para que estes fizessem campanha entre os sócios - na assembleia, a alteração precisa da maioria simples no número total de votos. Durante o encontro, ela já falou, inclusive, em renovar o contrato de patrocínio, que se encerra em dezembro.

Boa parte da atual diretoria esteve no evento: o presidente Maurício Galiotte, o segundo vice-presidente, Antonino Jesse Ribeiro, o presidente do Conselho Deliberativo, Seraphim del Grande, além dos diretores administrativo, Paulo Roberto Buosi, e jurídico, Alexandre Zanotta. Outras figuras conhecidas, como Salvador Hugo Palaia e Wlademir Pescarmona, também foram ao jantar.

Seraphim e Buosi falaram no palco, defendendo o trabalho dos conselheiros entre sócios. Depois de uma votação apertada no CD, Leila considera que alguns torcem o nariz para a proposta por querer manter o passado no clube. Entre eles, seu ex-aliado e hoje desafeto, Mustafá Contursi.

A principal crítica é de que esta mudança no estatuto favorece Leila. Para concorrer ao cargo máximo no clube é preciso ter um mandato completo como conselheiro - o de Leila se encerra no começo de 2021.

Caso fosse mantido o atual esquema, com governo de dois anos e uma reeleição, ela já estaria fora do pleito deste fim de ano, mas também ficaria fora do próximo, em 2020, quando Maurício não poderá concorrer mais, obrigando a situação a escolher outro candidato. Caso seja ratificada a mudança, haverá a eleição do fim deste ano, e a próxima será no fim de 2021, já com Leila podendo disputar o cargo máximo do clube.

- O assunto criou muita polêmica, o que me deixou chocada, pois conceitualmente três anos é o melhor para qualquer clube. Achei que fosse passar com facilidade, mas como a Leila se envolveu na campanha, já começam a dizer que era para beneficiar a Leila. Mas gente, sou conselheira como outros 280. Qualquer um pode ser (candidato) após um mandato. Tem pessoas que não querem a mudança porque são da ala antiga, querem continuar o caos, de todo candidato precisar sentar com Mustafá Contursi para discutir cargos - atacou a conselheira.

Renovação de contrato já está nos planos

Maurício Galiotte ainda não confirmou, mas deve ser candidato à reeleição no Palmeiras. Durante o jantar, Leila Pereira avisou:

- Se o Maurício for candidato e reeleito, o contrato vai ser renovado automaticamente.

Desde a gestão Paulo Nobre, quando Maurício era o primeiro vice, a relação dele com os patrocinadores é muito boa. Com o atual contrato, que vence em dezembro, o Palmeiras receberá R$ 78 milhões em 2018 para estampar as marcas de Crefisa e FAM em seu uniforme.

Mas com as bonificações por metas atingidas, participação no pagamento de salários de jogadores e outras receitas, Leila considera que o investimento beira os R$ 100 milhões. Segundo ela, todos os rivais do Palmeiras no estado a procuraram para tentar acertar um contrato de patrocínio. A conselheira, contudo, respondeu que só tem interesse em aplicar dinheiro no Verdão.

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