Felipão já detectou: Palmeiras precisa ter opções para Dudu e Willian

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É difícil apontar problemas em um clube que está vivo na Copa do Brasil e na Libertadores e, mesmo usando uma base sem seus principais jogadores, atingiu a vice-liderança do Campeonato Brasileiro, a um ponto do São Paulo. Mas, na análise fria, o que falha nessa escalação alternativa são os pontas. E o técnico Luiz Felipe Scolari sabe disso.

O treinador não cometeu a injustiça de distribuir críticas ao time que venceu o Sport por 1 a 0, nesse domingo, na Ilha do Retiro. Mas, em sua entrevista coletiva, falou sobre a formação do grupo para a próxima temporada e citou exatamente uma opção de velocidade como uma das mudanças que deve solicitar para a diretoria pensando em 2019.

- No ano que vem, queremos colocar um ou dois jogadores a mais no grupo para preencher determinadas posições que, em determinados momentos, sentimos falta por lesão ou cartão amarelo. Sempre queremos um jogador a mais de velocidade, diferente em alguma posição. É normal no futebol ter um ou outro ajuste. Mas estamos super satisfeitos, todos estão contribuindo maravilhosamente. Se eles me dão a resposta, dou a resposta para eles no fim do ano: o meu grupo é esse - falou o treinador.

O discurso pode servir até como motivação principalmente para Hyoran. O meia-atacante jogou aberto pela esquerda em Pernambuco e, como tem ocorrido, em suas últimas atuações, não rendeu. O jogador pede a bola e é bastante participativo, mas comete repetitivos erros. Nesse domingo, o Verdão ganhou mais vida no ataque quando Dudu, titular da posição, saiu do banco de reservas para entrar em seu lugar.

Do outro lado, Jean rende ainda menos, até por pouco tocar na bola. Mas a escalação do meio-campista aberto pela direita é uma improvisação, como a própria comissão técnica admite. Ter que usá-lo no setor é uma das necessidades apontadas por Felipão, que exalta sua capacidade em jogar em variadas posições, mas preferia utilizá-lo como volante ou lateral.

Uma alternativa já presente no elenco é Artur, escalado como titular no último jogo antes de a comissão técnica de Felipão assumir, quando Wesley Carvalho, da equipe sub-20, comandou interinamente a equipe na vitória por 3 a 0 sobre o Paraná, em 29 de julho. Mas o meia-atacante de 20 anos ainda não parece pronto para assumir uma posição permanente nem na escalação alternativa que tem atuado no Campeonato Brasileiro.

A busca por alguém de velocidade também evidencia a ausência de uma peça com a qual Scolari nem pôde contar: Keno, vendido ao Pyramids, do Egito, durante a Copa do Mundo. Enquanto ninguém chega, o Palmeiras pode continuar apostando na saída do banco de Dudu ou Willian. Como deu certo na vitória por 1 a 0 sobre o Sport, nesse domingo.