ANÁLISE: Palmeiras é o time da virada, do amor, da América e da história

Verdão fez mais um jogo histórico nesta Era Abel Ferreira e virou um resultado complicado no Allianz Parque

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Gustavo Gómez deu início à virada do Palmeiras diante do Barcelona-EQU (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

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Quem esteve no Allianz Parque, na última quarta-feira (7), para assistir ao duelo entre Palmeiras e Barcelona-EQU, pela Libertadores, pode se sentir um privilegiado. O placar de 4 a 2 a favor do Verdão foi construído com uma virada histórica depois de estar perdendo por 2 a 0 no primeiro tempo. Tudo isso com um enorme apoio das arquibancadas, que jogaram junto com o time durante todo o tempo. Cada um desses torcedores que estiveram na arena saíram com a certeza de que esse é o time da virada, do amor, da América e da história.

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É verdade que a atuação da equipe do Verdão no primeiro tempo esteve bem longe do que se espera. Aparentemente com uma marcha mais lenta e com muitos erros de tomada de decisão, o Alviverde até teve oportunidades, mas muito mais dificuldades, que começaram nas saídas de bola. Tanto é que o primeiro gol do Barcelona teve origem em um passe errado de Zé Rafael e o segundo surgiu depois de passe errado de Mayke. Ambas jogadas teoricamente fáceis de serem resolvidas, mas que tiveram problemas na execução.

No entanto, entre o primeiro e o segundo gols, e depois do segundo gol, o Palmeiras criou muitas chances para descontar ou até empatar o placar. Ainda que o torcedor estivesse vendo uma atuação atípica da equipe em termos de erros defensivos, tudo levava a crer que uma mudança no cenário do jogo aconteceria a qualquer momento. A confiança do palmeirense é tão grande nesse time, que até uma derrota por 2 a 0 não é sinônimo de tragédia, mas sim de reação. E O estádio virou um inferno para os visitantes na segunda etapa da partida.

Em 12 minutos após o intervalo, o Verdão já havia empatado a partida e criado inúmeras chances de marcar. No placar estava mostrando 2 a 2, mas a verdade é que já poderia estar 4 a 2/5 a 2/6 a 2... A vitória de virada era iminente, ela já tinha deixado de ser provável no primeiro gol, marcado por Gómez. Dali em diante com o Allianz Parque em peso cantando "time da virada, time do amor", não havia adversário que pudesse parar o ímpeto palmeirense, e não seria o caso do Barcelona, por mais valente que ele tenha se mostrado.

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Do outro lado estava o Palmeiras, que é o melhor time da América com uma margem bem grande para o segundo colocado, mas bem grande mesmo. Não há outra equipe com tanta consistência, com tanta imposição, que coloque tanto medo e que seja capaz de fazer o que foi feito na noite da última quarta-feira (7). Pode até perder, pode até escorregar, vacilar, ser eliminado em um mata-mata, ser surpreendido por um esquema desconfortável do adversário, mas é muito raro. São mais de 30 jogos de invencibilidade em casa e apenas três derrotas no ano de 2023.

Com toda essa atmosfera, com essa pressão, com essa imposição, foi questão de tempo até Artur fazer o gol da virada do Palmeiras, que acontece com 24 minutos da segunda etapa. Ou seja, em menos de 25 minutos, o Verdão pulverizou a enorme vantagem que o Barcelona-EQU suou para conseguir no primeiro tempo. Os equatorianos ainda assustaram em uma ou duas bolas, mas o mais provável ali era mais um gol do Alviverde, que acabou saindo dos pés de Endrick para fechar a vitória por "apenas" 4 a 2. Era para ter sido cinco, seis, sete, oito....

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Seja você "anti", seja você torcedor de um rival, seja você "invejoso", seja você um desafeto de Abel Ferreira, mas não seja negacionista. O que Palmeiras faz no futebol brasileiro e sul-americano é algo histórico, não apenas pelos números e pelos resultados, mas pelo que se vê dentro de campo. Pode não ser o futebol mais brilhante, mas sem dúvidas é o mais consistente e eficiente. A comparação com o futebol mundial fica mais difícil pela falta de confrontos, mas certamente faria um bom papel nesse cenário também. Enquanto isso, o Verdão fica mesmo sendo o time da virada, do amor, da América e da história. Qual vai ser a próxima epopeia contada por Abel e seus comandados?

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