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ANÁLISE: Falta de banco pesou em duelo contra Chelsea e Palmeiras ficou sem seu herói da vez

Para clube que se vangloria de arrecadações recordes, Verdão sentiu a falta de elenco mais qualificado para segurar Blues até na prorrogação

Palmeiras x Chelsea - Mundial de Clubes
imagem cameraJogadores do Verdão deixam o campo após a derrota para o Chelsea, na prorrogação (Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 12/02/2022
17:42
Atualizado em 12/02/2022
18:38

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Há dois meses, após a vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo na final da Copa Libertadores, Abel Ferreira usou os holofotes para pedir o óbvio. O tempo passou, as duas principais peças pedidas pelo treinador - um zagueiro canhoto e um centroavante - não chegaram e o Palmeiras chegou à final do Mundial de Clubes ante o Chelsea apostando muito mais na mística do plano do português do que na qualidade de fato do seu elenco.

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O Palmeiras chegou em Abu Dhabi com cinco peças contratadas para a competição mais importante de sua história, das quais três delas vieram de graça e já cientes de que não brigariam para integrar o time titular. 

É pouco, muito pouco para quem tinha como meta acabar o mais incômodo jejum do clube mais vitorioso dos últimos anos. 

Na derrota para o Chelsea por 2 a 1, neste sábado (12), sacramentada faltando cinco minutos para terminar a prorrogação e a decisão ir para os pênaltis, o Palmeiras esperou pela aparição de mais um herói improvável. Contra o Santos foi Breno Lopes. Ante o Flamengo, Deyverson. Diante dos Blues, a figura não apareceu. São apostas que Abel sabe que não pode depender em toda final. Ainda mais diante de adversários tão qualificados.

O português atingiu a excelência com seus 11 iniciais. Com eles em campo, o Verdão faz frente a chelseas da vida sem passar sufoco. Quando eles saem, a coisa complica. Foi exatamente isso quando Raphael Veiga e Dudu, por exemplo, sentiram e tiveram que deixam o jogo.

Por que não fazer um paralelo com o empate em 1 a 1 com o São Bernardo semanas atrás, quando os reservas atuaram e demonstraram que as coisas não estavam assim tão tranquilas.

Por que não fazer um paralelo com as entrevistas coletivas do treinador, que descartou o uso da categoria de base (tanto que não inscreveu os jovens no Mundial) e pediu calma com talentos precoces.

Ninguém em sã consciência acha jogadores como Gómez, Danilo, Veiga e Dudu ruins. Mas quem poderá substituí-los nos grandes jogos? A diretoria realmente acreditava que Rafael Navarro, Atuesta e Jailson são elementares? E Abel? Pediu por eles?

Se Abel tinha algum débito com o Palmeiras por conta do fracasso no Mundial de 2020, desta vez é a diretoria quem deve a ele.  Se o sarrafo está alto, que o Verdão haja como tal e busque opções consistentes para seu plantel. Ou hoje não faltou um Castellanos? Everton Cebolinha? Alario? Diego Costa?

O Palmeiras já viveu tempos de extrema modéstia nas suas contratações. Qual o motivo para isso se repetir se o clube consta como protagonista no cenário mundial? Abel sabe que pelo menos três peças desse time titular serão vendidas. A reposição virá dos jovens da Copa São Paulo de juniores. No adolescente Endrick de 16 anos? Parece pouco.  

A torcida seguirá apoiando, afinal Abel já escalonou a montanha das cornetas para se firmar como um dos maiores do Alviverde. Capacidade para trabalhar com o que tem em mãos ele já mostrou saber fazer. Mas e paciência para continuar assim se está tão valorizado no cenário mundial? Ele terá? Pelo bem, pelo mal, é bom a diretoria não querer pagar para ver. Assim como fez com o Mundial.

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