Aos 48 anos, Robert Scheidt termina em oitavo em sua sétima Olimpíada

Iatista brasileiro enfrentou dificuldades na regata da medalha e ficou longe do pódio, que teve australiano em primeiro, croata em segundo e norueguês em terceiro

Robert Scheidt vela
Robert Scheidt ficou distante da medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio (Foto: World Sailing)

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Em sua sétima participação em Jogos Olímpicos, o brasileiro Robert Scheidt, de 48 anos, terminou a disputa da classe Laser em Tóquio na oitava colocação. Neste domingo, o velejador foi nono colocado na medal race, a regata da medalha, e não conseguiu fazer frente aos adversários do top 10. 

O ouro ficou o australiano Matt Wearn, que somou 81 pontos perdidos e fechou a última regata em quarto. A conquista já estava decidida antes mesmo de os barcos irem para a água, já que o velejador sobrou no decorrer da competição, com muita regularidade na semana.

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A prata ficou com o croata Tonci Stipanovic, e o bronze, com o norueguês Hermann Tomasgaard. Ambos encerraram com 104 pontos perdidos, mas o desempate foi definido de acordo com o melhor desempenho na medal race (8º contra 14º). O francês Jean Baptiste Bernaz foi o vencedor da corrida decisiva, mas só finalizou em sexto lugar no geral.

Scheidt, que chegou à regata da medalha em sexto, após oscilar entre bons e maus momentos, mas sempre mantendo-se competitivo, até largou bem, mas foi se distanciando dos rivais logo ao final da primeira das cinco pernas da corrida.

A medal race é uma regata mais curta e tem pontuação dobrada. Como os resultados da semana são acumulados, ele já entrou em ação sabendo que a missão de buscar uma prata ou um bronze seria difícil. O veterano fechou com 128 pontos perdidos.

Maior medalhista olímpico brasileiro com cinco medalhas (dois ouros, duas pratas e um bronze), Robert é recordista em participações no evento, com sete, ao lado de Formiga, do futebol. O velejador ainda não decidiu se tentará se classificar para os Jogos de Paris, em 2024.

Após a Rio-2016, quando terminou a disputa da Laser em quarto, ele anunciou a aposentadoria da vela olímpica, mas voltou atrás. Em 2017, tentou correr na 49er, um barco mais veloz e de dupla, mas não teve sucesso.

No ano seguinte, resolveu voltar a velejar de Laser e se motivou com a possibilidade de competir contra os melhores do mundo nos Jogos Olímpicos, apesar da idade avançada e das mudanças que o barco sofreu nos últimos anos. O astro também tem planos de competir em outras classes da vela, que não fazem parte das Olimpíadas.

A maior expectativa de medalha da vela brasileira no Japão está em Martine Grael e Kahena Kunze, campeãs olímpicas na Rio-2016. Elas estão em segundo na corrida da classe 49erFX e disputam a medal race nesta segunda-feira, às 2h30 (de Brasíia).

Veja abaixo o quadro de medalhas e calendário dos Jogos Olímpicos de Tóquio:

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