Nadadores paralímpicos retornam ao Brasil após confinamento em Quito

Equipe de Indaiatuba desembarcou em Guarulhos na noite de segunda-feira, resgatada por avião fretado pela Embaixada Brasileira. Grupo permaneceu isolado por nove dias em hotel

Equipe de natação paralímpica no aeroporto de Sucre (Foto: Reprodução)
Equipe de natação paralímpica no aeroporto de Sucre, antes do embarque para o Brasil (Foto: Reprodução)

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Os nove nadadores paralímpicos brasileiros e o treinador Antônio Luiz Cândido, que permaneceram nove dias confinados em Quito, retornaram ao Brasil na noite de segunda-feira, em um avião fretado pela Embaixada Brasileira no Equador. O grupo havia sido isolado em um hotel, sem poder voltar para casa, devido às restrições no espaço aéreo impostas pela pandemia do Covid-19.

Os atletas e o técnico, que representam Indaiatuba, no interior de São Paulo, embarcaram no Aeroporto Internacional de Sucre com destino a Guarulhos, após diversos apelos ao governo brasileiro. Eles chegaram ao Equador no dia 3 de março para realizar um treinamento de altitude com foco nas seletivas paralímpicas, que acabariam adiadas. As passagens de volta estavam marcadas para o último dia 21, mas o voo foi cancelado.

O caso despertou a atenção das autoridades, sobretudo pelo fato de alguns integrantes da equipe tomarem remédios controlados. Uma das atletas, que é amputada, chegou a cair de uma escada durante o confinamento. Outros apresentam deficiência intelectual.

O hotel foi fechado para hóspedes, mas aceitou manter a equipe, que havia chegado de Cuenca. As despesas foram pagas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Mesmo com o improviso, a situação dos nadadores era dramática. Uma das atletas, Cecília Araújo contou que houve ameaça com faca por pessoas comuns a quem tentasse sair para comprar comida. O governo local decretou toque de recolher a partir das 14h.

Durante o dia, o grupo fazia atividades como yoga, circuito funcional e trabalhos voltados à sanidade mental dos desportistas.

Na semana passada, o governo federal autorizou a FAB (Força Aérea Brasileira) a buscar os atletas, mas precisou aguardar a homologação do Ministério da Defesa. A confirmação do voo aconteceu no domingo.

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