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Elisa, mãe de Hugo Calderano, rasga elogios ao filho: ‘É maravilhoso ser mãe do Hugo’

Matriarca conta que o gosto pelo esporte sempre esteve presente no ambiente familiar

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Joyce Rodrigues
Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porLucas Borges
Dia 11/05/2025
08:00
Atualizado há 3 minutos

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Elisa Calderano, mãe do fenômeno do tênis de mesa Hugo Calderano, falou ao Lance! em celebração ao Dia das Mães sobre o papel da família na formação do atleta. Com carinho e orgulho, ela revelou bastidores da trajetória do filho — desde a infância esportiva até as grandes vitórias.

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A matriarca conta que o gosto pelo esporte sempre esteve presente no ambiente familiar, o que naturalmente influenciou Hugo desde pequeno:

— Nossa família é fanática por esportes. Eu e o pai do Hugo, meu marido, nos conhecemos na faculdade de Educação Física. Meu pai também é professor da área, então o Hugo nasceu em um ambiente cercado por esportistas e amantes das mais diversas modalidades. Desde muito pequeno, ele sempre gostou de praticar esportes, fazer atividades físicas, e a gente sempre incentivou isso. Nunca houve uma preocupação em torná-lo um atleta profissional. Tudo aconteceu de forma muito natural, dentro da dinâmica da nossa família — afirmou Elisa.

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Ela destaca que o apoio sempre existiu, mas sem imposições, e que esse fator foi essencial para o desenvolvimento saudável do filho:

— Acho que esse amor pelo esporte veio, de forma geral, da nossa família. Sempre estivemos presentes, apoiando desde o início. Um ponto que sempre fez diferença é que o apoio vinha sem pressão. O Hugo praticou tênis de mesa, vôlei, atletismo... e sempre deixamos que ele escolhesse o que queria fazer. A única cobrança era com os estudos, com ele ser uma pessoa legal, respeitar as regras. Isso tudo ajudou a construir uma base sólida para ele ter uma carreira bem-sucedida. Hoje, ele é admirado não só como atleta de alto rendimento, mas como pessoa. Um exemplo para jovens e adultos em todo o Brasil — disse.

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Hugo Calderano e sua mãe, Elisa (Foto: Acervo)

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Hugo Calderano e o cubo mágico

Hugo também se destacou por seu gosto por desafios, como quando aprendeu a montar o cubo mágico só observando o pai:

— O cubo mágico foi algo que surgiu naturalmente. Meu marido sempre gostou, e em casa nunca impusemos nada: não era “Hugo, faça isso”, mas sim, fazíamos e as crianças se interessavam por ver. Era pelo exemplo. O cubo era muito popular na nossa juventude, depois sumiu, e mais tarde voltou à moda. Meu marido comprou um e começou a montar, e o Hugo, muito curioso e sempre apaixonado por desafios, logo quis aprender também. Pegou rápido, e hoje faz muito mais rápido que o pai. O discípulo superou o mestre — afirmou Elisa.

Interesse por idiomas foi herdado da mãe, Elisa

Apesar de não seguir carreira acadêmica, Hugo tem grande interesse por outras áreas, como a linguagem, algo que puxou da mãe:

— Apesar de ser formada em Educação Física, fiz minha carreira na área de línguas. Sou mestre em Estudos da Linguagem e tenho uma paixão enorme por isso. Acho que esse lado o Hugo puxou de mim. É interessante porque, desde cedo, ele já sabia o que queria seguir como carreira. Nunca falamos sobre faculdade porque ele se profissionalizou muito cedo, mas desenvolveu um interesse real por temas fora do esporte. Isso enriquece muito a vida dele e suas conversas. Hoje, discutimos temas ligados à minha área, como aquisição de linguagem. Ele lê sobre isso por pura curiosidade, essa vontade de aprender sempre foi algo muito dele. Mas, de novo, veio também do exemplo dentro de casa — afirmou.

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Ela lembra de uma frase marcante sobre o esporte de alto rendimento, que ilustra bem a trajetória meteórica de Hugo:

— Uma vez, quando o Hugo tinha uns 14 anos, uma pessoa que entende muito de esporte nos disse algo que nunca esquecemos: “No alto rendimento, as coisas não evoluem sempre de forma linear. Às vezes há um salto enorme, de um mês para o outro, e de repente o atleta está em um lugar que ninguém imaginava”. Sempre acreditamos que o Hugo teria sucesso no que escolhesse, porque sempre foi muito inteligente e interessado. Mas, considerando o cenário do tênis de mesa no Brasil, era difícil imaginar que ele chegaria onde está hoje: número 3 do mundo, campeão da Copa do Mundo, sete anos no top 10. Vindo do Rio de Janeiro, parecia um sonho distante — relembrou.

Mais do que os feitos esportivos, Elisa destaca o orgulho de ver quem Hugo se tornou como ser humano:

— É maravilhoso ser mãe do Hugo. Não só por ele ser o número 3 do mundo, mas por ele ser quem é. Claro, ver ele alcançar esse nível no esporte é a cereja do bolo, ainda mais pra nós, que sempre fomos tão apaixonados por esporte e crescemos nos emocionando com grandes ídolos brasileiros. Hoje, poder sentir isso por nosso próprio filho... não tem preço — contou.

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Elisa compartilha como a família se conecta com Hugo durante os campeonatos — sempre respeitando seu foco, mas mantendo uma rotina afetuosa:

— A gente sempre fala com ele, mas durante as competições respeitamos o espaço dele. Não costumo mandar muitas mensagens, deixo que ele procure se quiser. Mas antes dos jogos, sempre mando uma mensagem de “bom jogo”, com um coraçãozinho ou um emoji (isso já virou tradição). Depois dos jogos, mandamos uma selfie com a tela da TV mostrando a transmissão, registrando o momento — afirmou.

'Saboreie essa conquista' disse Elisa para Hugo após a conquista da Copa do Mundo

Elisa relembrou um momento especial da última grande vitória de Hugo: a final da Copa do Mundo de Tênis de Mesa, em que o brasileiro se sagrou campeão. A mãe de Hugo Calderano destacou a grandiosidade da conquista e refletiu sobre como é essencial, mesmo em meio à rotina intensa do esporte de alto rendimento, parar e celebrar:

— Nesse campeonato especificamente, a gente tinha ido passar o feriado no meio do mato, para dar uma energizada. O Hugo vinha jogando muito bem, e a semifinal foi, como ele mesmo disse, o jogo mais difícil. Também foi o mais impressionante para a gente. É algo que percebemos muito no esporte de alto rendimento, especialmente no tênis de mesa, que é o que conheço melhor: os atletas têm pouquíssimo tempo para celebrar suas conquistas. O circuito é muito puxado. Você ganha um jogo incrível num dia e já tem que competir no seguinte. Conquista um título e na semana seguinte tem outro campeonato — declarou.

— A gente sente que, para o Hugo e para todos nós, é importante aprender a saborear esses momentos. Na semifinal, especificamente, ele jogou mais cedo. Todos os jogos anteriores tinham sido à noite. Esse foi de tarde lá, ou seja, de madrugada pra gente. Quando acabou, já estava amanhecendo aqui. Fomos para o lado de fora da casa e tiramos uma foto nossa com o céu clareando. Enviei para ele junto com uma mensagem dizendo: “Saboreie essa conquista. Tira um tempinho para sentir essa alegria dentro do seu corpo. Aproveita esse momento.” Porque ele merece isso. Todos merecemos isso — disse.

Pingue Pongue

Momento engraçado

“Era uma fase de grupos e um rapaz, que já tinha perdido de todo mundo, decidiu que não ia jogar mais. Já tinha tomado banho, estava de jaqueta jeans na porta do ginásio, pronto para ir embora. Mas se ele não jogasse, o Hugo estaria fora. Eu fui até ele e insisti: “Você vai fazer isso com o Hugo? Vai tirar a chance dele?” Enchi tanto a paciência que ele voltou, vestiu o uniforme e jogou. No fim, o Hugo se classificou e foi vice-campeão. Ganhei fama de mãe brava, mas faria tudo de novo.”

Qualidade e defeito

“São muitas qualidades, mas a mais marcante é a gentileza dele. Já o defeito... às vezes ele é um pouco teimoso. Mas também, nem é tanto.

Como era na escola

Sempre foi bom aluno, muito tímido e obediente. Nunca deu trabalho.

Momento inesquecível

“Aquele ginásio lotado, as pessoas cantando o nome dele... Ele tinha só 20 anos e ninguém o conhecia ainda. Até hoje parece que foi um sonho. Um daqueles momentos que a gente nunca esquece.”

Recado para o filho

“Hugo, vou repetir o que você já sabe: eu tenho muito orgulho de ser sua mãe — e da sua irmã também. Ver o que vocês se tornaram, duas pessoas boas e íntegras, é uma alegria imensa. Esse título da Copa do Mundo foi um presente antecipado. Ainda tem muita coisa linda pela frente, mas tudo o que já aconteceu até agora eu considero um presente para mim.”

Mais mães do esporte

Além da mamãe de Hugo Calderano, o Lance! traz ainda neste domingo a história de outras matriarcas de esportistas, casos de Alan e Darlan, do vôleiIgor Neustadt, do futebolDavizinho, do surfe.

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