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Dona Cida relembra trajetória dos filhos Alan e Darlan no vôlei: ‘Focados e determinados’

Conhecida por ser uma torcedora apaixonada, a matriarca contou sobre as origens da família e a paixão pelo esporte

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Joyce Rodrigues
Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porVitor Guedes
Dia 11/05/2025
06:00
Atualizado há 1 minutos

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Dona Aparecida, mãe de Darlan e Alan, aproveitou o Dia das Mães para falar com o Lance! sobre os filhos. Conhecida por ser uma torcedora apaixonada, que acompanha os destaques do vôlei masculino brasileiro em todos os jogos, a matriarca contou sobre as origens da família e como a paixão pelo esporte começou.

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Nascidos em Nilópolis, na Baixada Fluminense, Dona Cida reviveu o início de tudo:

— Desde muito jovem, sempre gostei muito de vôlei — e meu marido também. Depois que nos casamos, tive nosso primeiro filho, o Alex, e dava aula numa escola comunitária. Lá, eu podia pegar emprestado bola e rede. Nos fins de semana, a gente esticava a rede na rua onde morávamos e jogava. Aquilo virou uma tradição de família. Mais tarde, nos mudamos para Nilópolis, o Darlan nasceu, e a gente continuava improvisando partidas na rua. O Alan começou a praticar na escola e, vendo o irmão, o Darlan logo seguiu o mesmo caminho — contou.

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Com carinho, ela lembrou como Alan virou uma referência para o irmão mais novo. Tudo começou quando um professor identificou o talento do então adolescente:

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— Foi bem inesperado. O Alan estudava numa escola municipal aqui da cidade, e o professor de educação física viu que ele levava jeito. Chamou ele pra treinar na escolinha de vôlei de Nilópolis. Um dia, alguém do Botafogo apareceu, viu o Alan jogando e falou comigo: "Leva ele lá pra fazer um teste com a gente." Ele foi, mandou bem e foi aprovado. O Darlan era pequeno, mas a gente pegava o trem pra ver os jogos. Ele já gostava de vôlei, mas ali se apaixonou de verdade. Já dizia que queria ser igual ao Alan. — afirmou.

Darlan, Dona Cida e Alan (Foto: Acervo)

'Darlan viu o irmão crescer' diz Dona Cida

O talento de Alan logo chamou atenção de um dos maiores clubes do país. E Dona Cida lembra com orgulho da grande virada na carreira do filho:

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— O Alan, que estava no Botafogo, foi chamado pelo Sada Cruzeiro. Quando soube da oportunidade, me perguntou se eu deixava. Achei que era muito novo, mas ele disse: "Eu vou conseguir." E conseguiu mesmo. Sempre que entrava em quadra, mesmo que fosse por pouco tempo, dava conta. E o Darlan, do Rio, acompanhava tudo, vendo o irmão crescer. — disse.

O caminho trilhado por Alan abriu portas para o irmão caçula. A influência foi determinante para Darlan iniciar sua trajetória no vôlei de base:

— O Darlan foi pra AABB e se destacou bastante. Nessa época, o Alan já tinha saído do Cruzeiro e estava no Sesi-Bauru. Quando descobriram que o Darlan era irmão do Alan, ficaram animados: “A genética é boa”, disseram. E foi o próprio Alan quem levou o Darlan pro Sesi. — contou.

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Mas o começo foi longe de ser fácil. A família enfrentou dificuldades, especialmente nos primeiros anos de Alan:

— Com o Darlan, o caminho foi mais tranquilo, porque o Alan já tinha aberto portas. No início, o Alan quase não recebia ajuda de custo. O pai dele precisava trabalhar dobrado pra pagar as passagens. O clube só dava um bilhete de ida e volta, e ele pegava duas conduções pra chegar. Já com o Darlan, a gente estava mais estável, e o Alan ajudava nos custos. — afirmou.

'Alan e Darlan foram muito focados e determinados' diz Dona Cida

Dona Cida também falou sobre a postura de Alan e Darlan como atletas. Mesmo com a distância, nunca precisou chamar a atenção deles:

— Sempre foram muito focados e determinados. Nunca precisei dar bronca. Só conversava antes dos jogos, deixava uma palavra de incentivo. Eles saíam tranquilos, sabiam o que tinham que fazer. Eu não sou muito entendida de vôlei, mas sempre assistia, dava uma olhada nos lances e até arriscava uns palpites. Ver a dedicação deles sempre me emocionou. — contou.

Mesmo longe, ela segue acompanhando tudo, principalmente quando se trata de convocação:

— Acompanho tudo pelo celular ou pelo site da CBV. Quando sai a lista dos convocados, nem leio os outros nomes. Vou direto procurar os meus dois: Alan e Darlan. É um orgulho ver os dois juntos, realizando esse sonho. — disse.

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'Estamos vivendo muitas vitórias'

E, claro, o contato continua firme, mesmo que à distância:

— A gente se fala o tempo todo. Quando fico muito tempo sem vê-los, nos falamos por vídeo, mando mensagem. E se eles ligam, não importa a hora: eu largo tudo pra atender. — disse.

Entre tantas lembranças, uma ganhou lugar especial no coração de Dona Cida: a classificação olímpica, em casa, no Pré-Olímpico do Rio, em 2023.

— Estamos vivendo muitas vitórias, mas essa foi especial. A emoção de ver a seleção classificada pra Olimpíada foi indescritível. Só fiquei triste porque, em Paris, eles não conseguiram ficar entre os cinco melhores. Mas é assim mesmo. Tudo tem seu tempo. Seja uma conquista grande ou pequena, eu sempre vou estar feliz por eles. — afirmou.

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Pingue-Pongue

Momento engraçado com os meninos:
“Eles estavam em quadra e eu na arquibancada, na torcida. O pessoal começou a bater tamborim e a gritar. Aproveitei o embalo e fui sambar no meio do povo. Aí o pessoal me reconheceu: ‘Olha lá, é a mãe do Darlan e do Alan!’ Começaram a me filmar, aí eu fiquei na minha, quietinha.”

Como eram na escola:
“Nunca foram os melhores alunos, não. Sempre precisei dar uns puxões de orelha. Não era muito exigente, mas olhava o caderno, ia na escola, procurava saber como estavam indo. Mesmo assim, nunca me deram dor de cabeça.”

Uma qualidade:
“Eles são muito prestativos e gostam de ajudar os outros. Estão sempre prontos quando alguém precisa.”

Um defeito:
“Ah, não sei se é defeito só deles ou de todo homem… não gostam de arrumar a cama e não colocam a roupa no cesto!”

Um momento emocionante:
“Foi no Pan de Santiago. Ganhei uma viagem, nunca tinha andado de avião, então já fiquei toda nervosa e receosa. Mas fui. O mais emocionante foi que eu apareci de surpresa pro Darlan… e ele fez um jogo lindo, emocionante mesmo.”

Recado de mãe:
“A mamãe tá sempre aqui torcendo por vocês. Sei que são capazes. As dificuldades vêm e vão, mas com essa determinação que vocês têm, tudo se supera. A mamãe ama vocês.”

Mais mães do esporte

Além da mamãe de Alan e Darlan, o Lance! traz ainda neste domingo a história de outras matriarcas de atletas, casos de Igor Neustadt, do futebolDavizinho, do surfe, e Hugo Calderano, do tênis de mesa.

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