Caixa não renova contratos com NBB e LBF, e ligas buscam patrocinadores
Parceria rendeu R$ 22 milhões ao torneio masculino e R$ 10 milhões ao feminino
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A Liga Nacional de Basquete (LNB), organizadora do NBB, anunciou nesta segunda-feira o fim do ciclo de patrocínio da Caixa à maior liga do país na modalidade. O contrato com o banco estatal, que também deixa de apoiar a Liga de Basquete Feminino (LBF), se encerrou no domingo. As entidades já negociam com possíveis apoiadores para manter a estrutura dos torneios. As perspectivas são melhores no naipe masculino.
O acordo com o NBB, que vinculava o nome da Caixa ao da competição, rendeu R$ 22 milhões (R$ 5,5 milhões por temporada) e possibilitou grandes benefícios à liga, sobretudo em estrutura e visibilidade. No caso do torneio feminino, o banco pagou R$ 10 milhões (R$ 2,5 milhões por temporada).
– Temos que levar em conta que estamos passando por um momento difícil da economia brasileira, e perder um patrocinador como a CAIXA, claro, nos deixa triste. Ao mesmo tempo, somos muito agradecidos porque a empresa acreditou em nosso projeto, presenciou e atestou o desenvolvimento e o crescimento da LNB nesses anos. Então, fica um sentimento de gratidão e de dever cumprido – afirmou o presidente interino da LNB, Nilo Guimarães.
A LNB publicou um agradecimento à Caixa pelas conquistas obtidas graças à empresa nos últimos anos. Destacou a ampliação da estrutura do evento e a criação de um projeto multiplataforma de transmissões a partir da temporada 2018/2019. Na ocasião, o campeonato foi transmitido por seis plataformas diferentes: na TV aberta com a Band; na TV fechada com a ESPN, Fox Sports e Bandsports; e no streaming com Facebook e Twitter.
No ano seguinte, a liga passou a ter 100% dos jogos transmitidos ao vivo, com produção própria da LNB, e o time de parceiros de mídia ganhou mais duas plataformas: o DAZN, serviço de streaming esportivo por assinatura, e a Twitch, principal plataforma e comunidade de entretenimento ao vivo do mundo.
Outro marco da parceria foi a criação do prêmio “NBB CAIXA Social”, que tinha como objetivo promover ações sociais e ambientais realizadas pelas equipes que disputam o campeonato, buscando aumentar o engajamento social e ambiental utilizando o esporte como uma importante ferramenta de desenvolvimento humano e conscientização ambiental.
Na LBF, a saída da Caixa levou a um enxugamento no número de participantes na edição deste ano, que começou em março e está paralisada devido ao coronavírus. O campeonato conta com oito equipes, duas a menos que a temporada anterior, após as saídas de Catanduva e Sport. A entidade fechou recentemente uma parceria com a Gol para custear parte das passagens.
A decisão da Caixa é um sinal de alerta para duas importantes modalidades apoiadas pela empresa: ginástica e atletismo. Os contratos com suas confederações se encerram este ano. Outra entidade com longa história de parceria com o banco é o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
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