Precursor da Luta Olímpica no Brasil, Mestre Roberto Leitão morre aos 83 anos vítima da Covid-19

Leitão estava internado desde outubro no Hospital Vitória, no Rio de Janeiro, mas não resistiu após ter grande parte dos pulmões comprometidos por conta da doença

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Mestre Leitão era uma figura bastante querida por todos que o rodeavam (Foto: Arquivo pessoal Instagram)

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Um dos responsáveis por trazer a Luta Olímpica para o Brasil, o Mestre Roberto Leitão – 10° Dan na modalidade – morreu neste sábado (28), aos 83 anos, aumentando a lista de vítimas da Covid-19 no país. Leitão estava internado desde outubro no Hospital Vitória, no Rio de Janeiro, mas não resistiu após ter grande parte dos pulmões comprometidos por conta da doença. Nas redes sociais, a família confirmou o falecimento.

- Hoje, às 9h, o Mestre Roberto Leitão descansou. Obrigada a todos que estiveram com ele durante toda sua caminhada e em especial em pensamento durante esse último mês. O mestre lutou por tudo na vida sem nunca se queixar. Vitorioso por formar uma família que aprendeu os verdadeiros valores da vida, engenheiro competente, artista sensível, filho, irmão, marido, avô e pai primoroso, não havia quem não gostasse de sua companhia. Fez do seu amor à luta uma escola. Ensinou, treinou, incentivou e estimulou muitos ao esporte, além da saúde física e mental aqueles que tiveram o privilégio de estar próximos a ele. Descanse em paz, você cumpriu seu caminho como verdadeiro mestre. Somos gratos pelo privilégio de fazer parte da sua jornada. Com todo amor, seu filhos, netos, genro e nora - diz a publicação no perfil de Leitão.

Responsável por formar grandes nomes do MMA nacional, casos de Pedro Rizzo, Marco Ruas, Renato Babalú, entre outros, Roberto Leitão era formado em Engenharia com especialização em biofísica e Mestre em Engenharia Mecânica, e chegou a ser professor. Nascido em Lage, Santa Catarina, em 1937, o mestre se mudou ainda pequeno com a família para o Rio de Janeiro, onde aos 16 anos começou a treinar Judô. Depois, migrou para a Luta Olímpica até que, em 1979, fundou a primeira federação exclusiva de Wrestling do Brasil reconhecida pela United World Wrestling (entidade máxima do esporte).

Versado em diversas artes marciais, o mestre viajou o mundo ensinando técnicas e auxiliou várias gerações de lutadores nos mais diferentes tipos de luta. Seu filho, Roberto Leitão, foi o primeiro atleta brasileiro a representar o Wrestling nos Jogos Olímpicos, na edição de Seul, na Coreia do Sul, em 1988. Recentemente, já em meio à pandemia, “Seu Leitão” ganhou um lugar especial na Calçada da Fama na Cidade das Artes Marciais, inaugurada em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, ao lado de outros 60 nomes de ícones do esporte.

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