Calendário, futebol feminino, reforma no estatuto… As ideias dos membros no Comitê de Reformas da CBF

LANCE! conversa com alguns dos 17 integrantes para ouvir as prioridades deles

Comitê de Reformas da CBF (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)
Comitê de Reformas da CBF (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

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O Comitê de Reformas da CBF tem 16 assuntos já delimitados para serem abordados pela comissão formada pela entidade. Mas nem por isso os integrantes pretendem ignorar convicções pessoais sobre o que é importante para o futebol brasileiro e, claro, que há muita convergência com os itens já em pauta.

O LANCE! conversou com alguns deles, como o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, um dos representantes de clubes na comissão.

– Pretendo defender uma pauta ligada às dificuldades que os clubes enfrentam. Calendário é o primeiro passo para o futebol brasileiro, algo que atenda ao conjunto de clubes e atletas. Não adianta fazer como a Liga, acrescentando mais datas. O ano é finito – disse ele, citando ainda revisão de encargos tributários, previsão do ato trabalhista na legislação nacional, uma forma de financiamento de CTs para os clubes formarem jogadores e redistribuição de cotas de TV.

Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, presidente do São Paulo, é o outro dirigente de clube no Comitê de Reforma e defende uma mudança de conduta na cartolagem.

- Lisura de comportamento, confiança nas relações, basicamente agir para que não ocorra ação de corrupção, suborno e má conduta no meio do futebol e isso em todos os níveis - afirmou.

Na visão do advogado Alvaro Melo Filho, outro membro do Comitê, é preciso uma normativa que dê base às mudanças.

– A prioridade é código de ética e estatuto. Isso é importante porque é o caráter institucional. Mas é difícil hierarquizar. Não adianta fazer o melhor estatuto, se o calendário enterra – afirmou.

A discussão sobre as mudanças no estatuto serão conduzidas pelo presidente da Federação Bahiana, Ednaldo Rodrigues.

- Eu sou um dos que mais criticavam o estatuto, mas de forma construtiva, para tentar apontar melhoras. Nunca deixei de falar o que sentia. Queremos melhorar o futebol brasileiro. O futebol precisa ser mais profissional, precisamos que os dirigentes sejam mais ativos. Eu luto para participar mais. Os dirigentes precisam estar cada vez mais ligados ao trabalho - disse Ednaldo.

Ana Paula Oliveira, que atualmente é da comissão de arbitragem da CBF, além da batalha óbvia por melhores condições para a turma do apito, garante que o futebol feminino será uma das prioridades.

- Vou ter um olhar mais delicado para o futebol feminino e arbitragem. Ela já é vítima de preconceito. Evoluímos muito. Mudou-se o olhar um pouco, mas a arbitragem feminina ainda é alvo. Entendo que a melhor forma é trabalhar a formação e educação em relação a isso - completou a ex-assistente.

MEMBROS DO COMITÊ DE REFORMAS

1 - Walter Feldman, secretário-geral da CBF (presidente)
2 - Rogério Caboclo - diretor executivo de gestão da CBF
3 - Edmilson - pentacampeão do mundo
4 - Ricardo Rocha - tetracampeão do mundo
5 - Ana Paula Oliveira - ex-bandeirinha e membro da comissão de arbitragem da CBF
6 - Carlos Alberto Torres - tricampeão do mundo
7 - Carlos Alberto Parreira - ex-técnico da Seleção Brasileira
8 - Caio Rocha - presidente do STJD
9 - André Ramos Tavares - advogado
10 - Alvaro Melo Filho - advogado
11 - Luiz Felipe Santoro - advogado do Corinthians
12 - Castellar Neto - presidente da Federação Mineira
13 - Leomar Quintanilha - presidente da Federação Tocantinense
14 - Ednaldo Rodrigues - presidente da Federação Baiana
15 - Carlos Augusto Barros e Silva - presidente do São Paulo
16 - Carlos Eduardo Pereira - Presidente do Botafogo
17 - Formiga - jogadora da Seleção Brasileira

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