Em alta, Colômbia vê Copa América como um ‘sonho’ possível

O português Carlos Queiroz, técnico da Colômbia, exaltou as qualidades de sua equipe, mas colocou Brasil e Argentina como favoritos; Cafeteros encaram o Catar, quarta, no Morumbi 

Colômbia - Carlos Queiroz (Técnicos)
Técnico colombiano atendeu os jornalistas no estádio do Morumbi (Divulgação)

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A seleção colombiana deu seu cartão de visitas logo na estreia da Copa América ao vencer a Argentina de Lionel Messi por 2 a 0, na Fonte Nova. Confiante e com a possibilidade de se classificar antecipadamente para as quartas de final em caso de vitória contra o Catar, nesta quarta, no Morumbi, o time comandado pelo português Carlos Queiroz quer fazer história no Brasil.

- É uma oportunidade que nós temos que abraçar. É uma oportunidade que surge nas nossas vidas. Os desafios estão à nossa frente. Sabemos da nossa qualidade, conhecemos os nossos adversários. Sim, temos jogadores de muita qualidade experiência. Agora, só podemos ser uma surpresa se soubermos traduzir isso em uma harmonia - afirmou Queiroz em um bem-humorada entrevista concedida em português e em espanhol.


Eliminada nas quartas de final da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e nas oitavas de final da Copa do Mundo da Rússia, no ano passado, a atual geração da seleção colombiana busca alcançar um triunfo internacional nesta Copa América. Mais do que nunca, os Cafeteros se vêm preparados para atingirem um nível acima, mas reconhecem a força e a história de seus adversários.

- Na realidade, os favoritos são Brasil e Argentina. O fato da Colômbia é de que tem que ter atitude, concentração e jogar um grande futebol. Se cremos em mudar a história, esse fato não nos cai bem - pontuou o treinador colombiano, deixando claro que respeita as seleções de maior tradição no cenário internacional.

Para chegar onde tanto deseja, a Colômbia ainda tem um longo caminho pela frente. O primeiro passo será na próxima quarta, às 18h30 (horário de Brasília), contra o Catar, no Morumbi. O jogo é válido pela segunda rodada da fase de grupos da Copa América e pode garantir a equipe no mata-mata da competição internacional.

Catar
Tenho estado perto do Catar nos últimos oito anos. É uma equipe que está a crescer e merece ser respeitada. Foram campeões da Ásia, jogaram a Olimpíada e tem muitos jogadores de nível internacional.

Qual o próximo desafio da Colômbia após vencer a Argentina na estreia?
O que eu quero mudar é tentar ser melhor. Se chegarmos a um ponto de sermos melhores do que fomos na Argentina, ficarei muito satisfeito. Sempre temos que procurar a melhora.

Dificuldades de enfrentar uma equipe asiática
É um time muito perigoso e que quase sempre faz gol. Entendo bem que estamos na América do Sul e não conhecemos muito bem o que acontece na Ásia. Enxergamos mais para nós mesmos do que para os outros. Esquecemos que fora do nosso país, do nosso continente também tem bom futebol. O Catar está aí. Eles são os campeões da Ásia. Olha o que aconteceu com o Paraguai. Nada é fácil no futebol, nada chega de graça. Temos que trabalhar sempre no máximo nível e tentar fazer o nosso melhor. Se não fizermos, os deuses do futebol vão nos castigar.

Sobre Félix Sánchez, técnico espanhol do Catar 
Vem fazendo um trabalho muito bom, muito bom. O Sánchez é mais um dos responsáveis pelo trabalho que o Catar vem resolvendo. Os campos no Catar são muito melhores do que muitos estádios na França e na Inglaterra. Os estádios no Catar são como a Disney dos estádios. Os centros de treinamento também são muito bons. 

Ausência de Muriel e a convocação de Carbonero 
É especial para mim e para todos os outros jogadores falar sobre o Muriel. Queria mandar um abraço para ele. Perdemos um grande amigo, um membro da família, uma pessoa que traz muita alegria. Esperamos que ele volte o mais rápido possível. Dito isso, a decisão que tomamos é uma decisão técnica. É um jogador que vem bem, fez um belo Mundial e agora pode se envolver em uma Copa América. Por isso, Carbonero estará conosco. É um jogador de altíssima qualidade, mas que vem para aprender.

Impacto da perda de Muriel 
O que não mata, nos faz mais fortes. É triste sempre que se perde um jogador. Para nós, é mal. Estou confiante de que esta perda do Muriel nos fará mais unidos e fortes.

James Rodríguez 
O James é um jogador muito importante para nós. Teve uma época um pouco perturbada. O segredo é ele próprio. Aos poucos, fomos construindo a recuperação da lesão e agora está pouco a pouco a libertar-se para melhorar seu futebol. Espero que os ares de São Paulo o façam ainda melhor. Os ares do Maracanã (referindo-se à final da Copa América) serão algo maravilhoso para ele, se lá chegarmos, claro.

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