Advogado de Ronaldinho critica autoridades paraguaias por algemas no cliente: ‘Armou-se um circo’

Sergio Queiroz fez duras críticas com relação a postura da Justiça do Paraguai na prisão de Ronaldinho e Assis. Para ele, ações são injustas e confusas de entender

Ronaldinho preso no Paraguay
Ronaldinho chegou com as mãos cobertas para esconder as algemas (Norberto DUARTE / AFP)

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O advogado de Ronaldinho Gaúcho e Assis, Sérgio Queiroz, criticou as autoridades paraguaias de terem algemado o ex-jogador e seu irmão. Em entrevista ao "G1", o representante da família disse que houve abuso da justiça e fez duras críticas às autoridades do país vizinho.

- Eles não são réus, mas investigados, eles não apresentam risco de fuga ou agressão para as autoridades. Isso foi feito para atacar a imagem deles. É uma situação absurda - disse Queiroz.

Ronaldinho e Assis passaram a noite presos e foram levados algemados para uma audiência no Palácio da Justiça de Assunção. Segundo o advogado, as autoridades do Paraguai estão sendo injustas, como na determinação de prisão por um juiz de plantão e a troca do promotor do caso pelo Ministério Público.

- Como se pode afastar o promotor para ter uma decisão desfavorável ao investigado? Armou-se um circo - concluiu.


ENTENDA O CASO

Ronaldinho e Assis chegaram ao Paraguai na quarta-feira para realizar ações publicitárias de um livro, sendo recebidos com festa logo no aeroporto de Assunção. Eles apresentaram passaportes falsos logo no desembarque, que afirmavam que os dois eram paraguaios naturalizados, o que é mentira. Os policiais notaram a veracidade duvidosa dos documentos na hora, mas optaram por não realizar as prisões de imediato para não gerar um grande alvoroço no local.

Na madrugada de quarta-feira para quinta, uma equipe policial chegou no local onde os dois brasileiros estavam hospedados para realizar uma investigação, onde encontraram os dois passaportes falsificados. Tanto Ronaldinho como Roberto foram levados à uma delegacia para prestar depoimentos.

O Ministério Público culpou o empresário Wilmondes Sousa Lira, que teria sido acusado de confeccionar os documentos falsificados, e as paraguaias María Isabel Galloso e Esperanza Apolonia Caballero por participarem do esquema. Todavia, Ronaldinho e Roberto Assis teriam sido enganados e, por colaborarem com detalhes ricos à investigação e admitirem culpa no caso, foram enquadrados no esquema de critério de oportunidade pela promotoria paraguaia, que os deixariam livres de qualquer processo judicial no país.

Ronaldinho Gaúcho teve seu passaporte apreendido no dia 2 de novembro de 2018 pela justiça brasileira por uma dívida por uma multa devido a dano ambiental por ter construído um trapichê em uma área de preservação sem permissão em Porto Alegre, no ano de 2015. Durante o processo, eles foram acusados de serem omissos durante o processo e rejeitado todas as intimações durante o caso.

O motivo do uso dos passaportes é desconhecido até o momento, já que por conta de um acordo entre os países da Mercosul, para entrar no Paraguai é necessário apresentar apenas um RG.

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