Jogadores brasileiros tentam fugir do Sudão em meio a conflito armado; ex-Flamengo faz apelo por ajuda

País vive instabilidade política durante conflitos em disputas pelo poder. Mais de 200 mortes já foram confirmadas

Conflito no Sudão
TV do Sudão flagrou explosão durante conflitos (Foto: Reprodução/ Al Arabiya)

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Um grupo de brasileiros que jogam no Al-Merreikh, do Sudão, está trancafiado em um prédio no país como forma de proteção do conflito armado que vem acontecendo no país africano. Entre eles, Paulo Sérgio, ex-jogador do Flamengo e outros clubes brasileiros, que concedeu entrevista para a Globo e fez um apelo por ajuda. Ao todo, estão presos no prédio nove brasileiros, entre eles atletas e membros da comissão técnica do clube.

- Essa guerra não é nossa. E cada dia que passa é mais apreensão. A gente não sabe o que vem pela frente, qual é o desenrolar disso. A gente acorda, faz as refeições e passa o dia conversando. A comida começa a acabar. Estamos fracionando. A luz e a internet estão caindo. A gente tenta poupar os dados, mas o nosso medo é ficar incomunicável. A gente não sabe o que vai acontecer - contou o jogador Paulo Sérgio.

Esposa de Paulo Sérgio, Blanca Bullos fez um apelo para que o governo brasileiro ajude a repatriar os atletas e profissionais do clube africano.

- A gente vem aqui fazer esse apelo em nome de toda a família do meu marido, da nossa família, da mãe do meu marido e do pai do meu marido. Que o Itamaraty tome uma atitude, que se tiver um cessar-fogo, que se puder mediar essa situação desses brasileiros nesse momento - disse à TV Globo.

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Paulo Sérgio - Operário
Paulo Sérgio atuou no Operário entre os anos de 2021 e 2023 (Crédito: Andreoito/Operário)

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Segundo o portal 'g1', mais de 200 mortes já foram registradas e 1,8 mil pessoas ficaram feridas em ataques à bomba que estão sendo transmitidos pelas redes de emissoras do país. Dois hospitais da capital do país foram atingidos por foguetes e precisaram ser esvaziados. O Ministério das Relações Exteriores disse que está em contato com os brasileiros que vivem no Sudão.

- O governo brasileiro tem mantido coordenação com outros países que também têm cidadãos em território sudanês sobre ações coordenadas de assistência, a serem eventualmente implementadas a partir do momento em que as condições de segurança permitirem - disse o Itamaraty.

A disputa envolve o comandante do Exército, general Abdel Fatah al Burhan, líder de fato do país, e seu número 2, o general Mohamed Hamdan Daglo, conhecido como "Hemedti", comandante das Forças de Apoio Rápido (FAR). Os dois disputam o poder após darem um golpe de Estado em governantes civis em outubro de 2021.

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