Entre permanências e saídas, Fox Sports terá ano decisivo para definição sobre futuro do canal

Canal do Grupo Disney segue perdendo programas e pode chegar ao fim em dezembro de 2021

ESPN e Fox Sports
ESPN e Fox Sports trabalham em conjunto sob o comando da Disney (Foto: Divulgação)

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O principal assunto na televisão brasileira nos últimos dias é a grande reformulação que a Disney vem operando em seus dois canais: ESPN e Fox Sports. Com mais de 50 contratos se encerrando, a empresa americana optou pela não renovação de alguns e recebeu a recusa de outros nomes para continuarem no plantel da empresa. Com isso, os dois canais perderam alguns nomes bem conhecidos para o futuro.

Ao todo, foram cerca de vinte nomes que faziam parte do quadro de funcionários da Disney e não tiveram seus vínculos renovados. Os principais são Benjamin Back, Flavio Gomes, Lívia Nepomuceno, José Ilan e Edmundo, que encabeçam uma lista considerável de nomes que terão que buscar novos capítulos em suas trajetórias profissionais.

Como parte de todo processo de fusão de empresas, cortes já faziam parte do planejamento de estruturação da empresa desde o início, algo que foi encarado como natural internamente. Entretanto, o clima de indefinição deixou muita gente com a pulga atrás da orelha nos últimos meses, principalmente aqueles que trabalhavam no Fox Sports.

Com a absorção de outro canal, executivos da Disney se viram com um quadro muito inchado de funcionários e a necessidade de realizar cortes surgiu. Outro fator foi a necessidade de fazer processo de readequação financeira, já que a operação econômica do Fox Sports, desde o início, assustou muita gente pelos altos gastos e a falta de equilíbrio na balança do fim do mês.

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Quando adquiriu os direitos da marca Fox Sports e toda a operação da emissora no Brasil, a Disney teve que acatar algumas regras do Cade para que a operação fosse concluída. Uma delas é a obrigação de manter o canal em pleno funcionamento até o dia 31 de dezembro de 2021, o que, ao menos em tese, dava uma segurança para inúmeros funcionários do canal azul. Na prática foi um pouco diferente.

Cortando custos e implementando seu modelo de administração, a Disney operou mudanças quase que de imediato como parte da fusão. Com intuito de pregar que as emissoras, que um dia foram concorrentes diretas e agora são co-irmãs, buscou integrar a programação dos canais em uma só. Depois, aboliu programas do Fox Sports que tinham formatos semelhantes aos que já eram transmitidos na ESPN na mesma faixa de horário.

A parte digital do Fox Sports também chegou ao fim, assim como a clássica música de bordão do canal, que era conhecida por ser reproduzida durante transmissões na hora de gols marcados. Aos poucos, o canal azul foi se tornando um auxiliar da ESPN, mesmo que, oficialmente, a Disney bata na tecla que apenas se trate de uma integração. O que, de fato, não deixa de ser.

Agora, com as não renovações contratuais e os cortes nos bastidores, o futuro do Fox Sports fica cada vez mais incerto. Muitos dos que deixaram o canal, como Benjamin Back e Flavio Gomes, ficaram bem insatisfeitos e afirmaram que a emissora irá chegar ao fim. O discurso também foi repetido por grande parte dos que não ficaram, como Edmundo, Silva Jr e outros. Oficialmente, a Disney não confirma a informação e explica que não há definição sobre o tema.

Ao LANCE!, fontes relataram que a tendência é, sim, que a Disney não permaneça com a marca do Fox Sports e a devolva ao mercado em 2022. Alguns funcionários relataram a insatisfação com a forma da condução de todo o processo da fusão, afirmando que o Fox Sports estaria se tornando apenas mais um canal auxiliar da ESPN. O que está por vir nos próximos meses é digno de observação, mas a tendência é que seja o último ano do canal no ar – ao menos sob a tutela da Disney.

Como se trata de uma marca valiosa e estabelecida no mercado, a chance da marca continuar sendo utilizada no Brasil é bastante considerável, caso a Disney opte por devolvê-la ao mercado em 2021. Mas sem seus principais talentos, que ou saíram ou foram contratados pela Disney, o canal teria que começar, tecnicamente, do zero.

*Estagiário, sob supervisão de Tadeu Rocha.

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