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Copa do Mundo desbanca Natal e Seleção Brasileira domina comércio

Com o torneio pela primeira vez sendo realizado nos últimos meses do ano, muitos torcedores estão optando por adquirir produtos do Brasil 

Comércio no Rio para a Copa
imagem cameraLojas foram contagiadas pelo espírito da Copa do Mundo (Foto: Matheus Andrade/Lance)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 19/11/2022
12:22
Atualizado em 22/11/2022
14:26

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A Copa do Mundo no Qatar é a primeira realizada no fim do ano, por causa das condições climáticas do país do Oriente Médio. A situação inusitada acabou juntando duas épocas importantes para o comércio no final do ano. O LANCE! foi até o centro comercial Saara, no centro da cidade do Rio de Janeiro, para saber da população como está sendo lidar com essa realidade.

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Um levantamento realizado pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), feita entre os dias 10 e 13 de outubro, mostra que 34,4% dos consumidores pretendem comprar algum produto relativo à Copa do Mundo do Qatar. Cerca de 3,9% ainda não sabem se vão comprar, enquanto 61,7% disseram que não vão gastar com o Mundial.

Mesmo que de forma um pouco tímida, o espirito de Copa do Mundo pode ser visto pelas ruas do comércio, enfeitadas nas cores da bandeira nacional que vendem diversos produtos do Brasil. Contudo, uma coisa é bem perceptível aos cariocas que transitam no Saara: a baixa circulação de consumidores na região em comparações com os outros anos.

Muitos torcedores tentam “driblar” o gasto excessivo e juntar a Copa com a festividade do Natal, resultando em uma pesquisa bem detalhada nas lojas e uma busca pelos menores valores. No entanto, na hora de escolher o que levar para casa, existe uma clara preferência dos consumidores pelo futebol ao invés das festas de fim de ano.  

-  A Copa do Mundo começou e o Brasil joga na quinta-feira, está mais perto. Não tem como fugir da data. O dinheiro (questão financeira) também é uma questão, é tentar dar um jeitinho (economizar). Mas, acredito que em meados de dezembro a coisa vai virar e as pessoas vão buscar um pouco mais enfeites de Natal - disse Graziely Amorim, consumidora que saiu de São Cristóvão, Zona Norte da cidade, para buscar acessórios do Brasil no Saara. 

Ainda segundo a pesquisa, o gasto médio de cada consumidor, em um total de 2,7 milhões de pessoas, devem ser de R$ 158, e a movimentação financeira no estado do Rio de Janeiro em torno dos R$ 422 milhões.

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COPA COMO SALVADORA DA PÁTRIA 

Esta condição dos torcedores acabou se tornado um adversário para os lojistas que desejam emplacar os seus produtos. É o caso de Luiz Barros, de 58 anos, que atua na região do Saara há quase quatro décadas. Ele relata o período atípico com a Copa deste ano.

- Muitos (lojistas) fecharam as portas nos últimos anos por conta da pandemia e outras coisas. O comércio está parado neste ano, tenho 36 anos de Saara e nunca vi as ruas tão vazias nesta época como estão nesse ano, era quase impossível de transitar por aqui. A Copa está ajudando muito, se não fosse ela estaríamos perdidos - afirma.  

Luiz destaca que o uso dos acessórios do Brasil em meio a algumas manifestações políticas acabou aquecendo as vendas e chegada da Copa como uma oportunidade de continuar emplacando os produtos. 

De acordo com o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), feita entre os dias 14 e 18 de outubro, com 297 empresários do Centro do Rio, 43,8% dos entrevistados disseram que a demanda por produtos e serviços na região melhorou diante do enfraquecimento da pandemia, enquanto 39,7% disseram que ainda não. 16,5% relataram que não melhorou nem piorou.

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NATAL DE LADO

Vendedor há alguns anos na região, Rafael Silva, de 32 anos, relata que muitos clientes tentam ao máximo buscar conciliar os acessórios das duas datas: pisca-pisca verde e amarelo, guirlandas nas cores do Brasil, bolinhas de árvores de Natal nas cores da Seleção Brasileira, entre outras coisas. 

- A Copa é de quatro em quatro anos, isso interfere. As pessoas estão dando mais preferência pelas coisas do Brasil, não está saindo quase nada de Natal. (Em contrapartida), tudo que tem a ver com a Seleção está saindo bastante e salvando muito (o comércio local) - relatou.

A pesquisa evidencia que os produtos mais procurados, são as roupas alusivas à Copa do Mundo ou ao Brasil (57,8%), seguidas da camisa oficial da seleção brasileira (29,3%) e bandeiras do Brasil (10,3%). 46,8% dos consumidores informaram que pretendem fazer suas compras em lojas físicas. 

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O Mundial de Seleções será disputado neste período pela primeira vez por conta das altas temperaturas que o Qatar enfrenta no meio do ano, por ser localizado em uma região de deserto. Os meses mais quentes são de março a outubro, com isso a Fifa optou por essa mudança de data para novembro, época de clima mais ameno.

RUMO AO HEXA

O Brasil vai estrear no torneio contra a Sérvia, pelo Grupo G. A partida está marcada para a próxima quinta-feira, dia 24, às 16h (de Brasília), no Estádio Lusail.

*Sob supervisão de Ricardo Guimarães.

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