Condenado por violência sexual, Robinho terá nome incluído na lista vermelha da Interpol

O atacante terá um pedido de prisão provisória difundido em 195 países para que cumpra sua pena

Robinho
(Foto: Jota Erre/Photo Premium)

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O atacante Robinho, que foi condenado pela Justiça Italiana a nove anos de prisão por abuso sexual em grupo, também terá seu nome incluído na chamada lista vermelha da Interpol. Em entrevista concedida ao 'GE' Stefano Opilio, diretor-geral de relações internacionais e cooperação judiciária do Ministério da Justiça italiano, falou sobre os próximos passos.

Stefano Opilio será o responsável por encaminhar a notificação ao Ministério da Justiça, em Brasília, e também pela comunicação à Interpol para o pedido de prisão de Robinho e seu amigo Falco, também condenado pelo mesmo crime.

- Não se trata de Robinho, um jogador conhecido. Essa é uma atividade cotidiana, que fazemos centenas de vezes por dia. São muitos casos como o dele - afirmou Stefano.

A Procuradoria Geral de Milão, que iniciou as investigações e denunciou o jogador e seu amigo, é responsável por pedir ao Ministério da Justiça italiano a execução da pena. Procedimento que geralmente é feito após a divulgação da sentença da Corte de Cassação, que estará disponível em 29 dias. Segundo Stefano, há situações em que o pedido é imediato.

Após seus nomes constarem na lista da Interpol, Robinho e Falco poderão ser presos se saírem do Brasil para os demais 194 países que fazem parte do sistema internacional de captura.

O Ministério da Justiça da Itália considera remota a chance de detenção do jogador no Brasil. Os condenados não poderão ser extraditados para a Itália, já que a Constituição de 1988 veta a extradição de cidadãos brasileiros. Entretanto, Stefano Opilio informou que há um tratado  de extradição entre os países, assinado em 1989, que deixa uma brecha para extradição de nacionais.

- No caso de impossibilidade da extradição, vamos pedir a execução da pena no Brasil - afirma o dirigente do Ministério da Justiça da Itália.

O advogado da vítima, Jacopo Gnocchi fez um apelo à justiça brasileira.

- O Brasil é um país grande e espero que saiba lidar com essa situação. Para nós, a sentença deve ser cumprida. Se fosse na Itália, ele iria para prisão. Agora o Brasil tratará isso com base na sua Constituição - disse o advogado. 

A eventual homologação da pena italiana contra Robinho e seu amigo Ricardo Falco será examinada, no Brasil, pelo Superior Tribunal de Justiça, assim que o órgão receber a notificação.

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