Comentarista da ESPN, Zinho relembra tetra e dá conselho aos jogadores da Seleção

Ex-jogador de 55 anos está no Qatar para cobertura da Copa do Mundo

Zinho Seleção Brasileira
Zinho foi campeão da Copa do Mundo em 1994 (Reprodução)

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Tetracampeão do mundo em 1994, Zinho pode presenciar mais um título da Seleção Brasileira. Comentarista da ESPN, o ex-jogador está no Qatar e conversou com o LANCE! sobre a cobertura do canal. O ex-atleta também aproveitou para deixar um conselho aos comandados de Tite, que estreiam no Mundial nesta quinta-feira, contra a Sérvia.

- Chegamos no dia 15, tivemos dois dias de adaptação, por conta do fuso-horário e iniciamos os trabalhos. A expectativa para a cobertura é muito boa, mesmo sem ter os direitos de transmissão. Dentro do estádio, nos horários dos jogos, temos parte do acesso restringido. Mas no entorno, nos centros de treinamento, estamos presentes. Queremos levar informação e entretenimento ao público - explicou Zinho.

- E se tivesse que dar um conselho aos jogadores, seria deixar de lado qualquer tipo de vaidade. Todo mundo tem seu objetivo, seu sonho individual, mas Copa do Mundo é um sonho coletivo. Que eles possam se abraçar, se fechar, porque é um torneio curto, são apenas sete jogos. Qualquer deslize põe em risco uma preparação longa. Para o grupo, a estrela tem que ser a Seleção, assim todos vão brilhar - completou.

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Zinho defendeu grandes clubes do Brasil, como Flamengo, Palmeiras, Grêmio e Cruzeiro. O ex-jogador participou da conquista do título da Seleção Brasileira há quase 30 anos e foi peça fundamental do tetracampeonato. Aos 55 anos, o comentarista da ESPN relembrou a emoção daquela conquista.

- A emoção do Tetra é para sempre. É o momento mais importante da carreira de um jogador profissional. Foi um sonho de um menino que cresceu em Nova Iguaçu com a vontade de ser atleta profissional. Depois de 24 anos, ser campeão do mundo, foi uma emoção muito grande para mim, minha família e para as pessoas por conta da situação que o país vivia na época - recordou Zinho.

- O trunfo daquele título foi o trabalho em equipe. A mudança de estilo tático foi fundamental, porque o Brasil sempre teve jogadores habilidosos, mas faltava essa disciplina tática. Esse modelo do Parreira e do Zagallo foi contestado e até hoje muita gente diz que a gente ganhou mas 'não jogou bonito'. E hoje todo mundo joga dessa forma - encerrou.

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Outros trechos da entrevista com Zinho:

A convocação de Tite foi justa?
A comissão técnica de Tite já faz um trabalho muito longo. Justo ou injusto são palavras fortes. Todas as seleções do Brasil que foram campeãs do mundo foram contestadas, com dúvidas. Na época de Copa do Mundo, os mais de 200 milhões de habitantes viram técnicos. Todo mundo tem sua opinião, seu gosto. Num geral, foi aprovada essa convocação. É uma Seleção forte.

Está confiante no hexa da Seleção Brasileira?

Eu estou confiante, faz muito tempo que não criava uma expectativa tão grande como agora. Mas é uma Copa muito equilibrada, diferente, no fim de ano. É no meio do calendário europeu, e acho que isso também influencia. Acho que não tem nenhuma seleção sobrando, mas tem algumas favoritas e eu coloco o Brasil entre elas. Muita coisa pela frente, mas temos grandes chances.

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