Arnaldo Cezar Coelho fala em ‘incompetência’ dos árbitros no futebol : ‘VAR virou uma muleta’

Primeiro árbitro brasileiro a comandar uma final de Copa de Mundo, Arnaldo soltou o verbo sobre o atual momento da arbitragem no futebol&nbsp;<br>

Arnaldo Cezar Coelho
Arnaldo Cezar Coelho participou do quadro "Eu e o Benja" do Arena SBT - Foto: Reprodução/Arena SBT

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Arnaldo Cezar Coelho não poupou palavras durante a sua participação no quadro "Eu e o Benja", no Arena SBT desta segunda-feira (20). O primeiro árbitro brasileiro a comandar uma final de Copa de Mundo, em 1982, detonou os árbitros, os assistentes, o processo de formação e, principalmente, o uso do árbitro de vídeo (VAR)

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- É incompetência geral: do VAR, do auxiliar, de quem escala, de quem orienta e de quem vai lá na televisão olhar se foi pênalti ou não. A Fifa disse que o VAR ia acabar com as injustiças, que o VAR era o paraquedas para salvar a vida do árbitro. Pelo contrário: o paraquedas não está abrindo e o árbitro está morrendo. O VAR virou uma muleta do árbitro. Qualquer coisa coloca a mão no ouvido, é o fim do mundo - afirmou. 

Arnaldo destaca a omissão dos profissionais de arbitragem que, segundo ele, começaram transferir a responsabilidade dos lances para o VAR. 

- O árbitro, por melhor que seja, transfere para o VAR a responsabilidade do lance. Ele bota a mão no ouvido e vai ver na televisão. Futebol não tem dúvida, é igual a mulher grávida: ou está ou não está grávida. Sem falar do bandeirinha. Você pode colocar o sorveteiro ou o vendedor de pipoca de bandeirinha que é a mesma coisa, porque eles não marcam nada. Todo gol tem que parar para ver se foi legal ou não. Então bota o sorveteiro que vai cobrar mais barato -  disparou. 

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Questionado sobre a polêmica arbitragem do último domingo (19) na partida entre Botafogo e Internacional, comandada por Savio Pereira Sampaio, profissional do quadro da Fifa, Arnaldo criticou o processo de formação dos árbitros:

- Antigamente, para chegar na Fifa, o cara apitava dez anos, 15 anos para pegar maturidade. Hoje, qualquer um recebe o escudo. Parece que se fabrica juiz como se faz um pão na padaria: bota a massa, põe dentro do forno, tirou e está fresquinho. Juiz não é assim, tem que ter uma carreira, precisa ter uma história para depois chegar na Fifa -  completou. 

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