Fluminense vence desgaste, logística e limitações, e cresce em ‘grupo da morte’ para avançar na Libertadores

Tricolor terminou em primeiro no Grupo D e se classificou às oitavas de final junto ao River Plate, deixando o Junior Barranquilla com a vaga na Sul-Americana

River x Fluminense
Fluminense bateu o River Plate na Argentina, por 3 a 1, na Libertadores (Foto: Staff Images/CONMEBOL)

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Quando se viu no "grupo da morte" da Libertadores, o Fluminense estava preparado para enfrentar pedreiras. A expectativa se concretizou e o coração do torcedor tricolor foi testado em cada uma das seis partidas desta fase de grupos. Com requintes de drama, a expressão de Roger Machado e de todo elenco quando Yago Felipe aproveitou a saída do goleiro Armani para marcar o 3 a 1 sobre o River Plate (ARG) sintetizam o sentimento de um grupo que precisou aprender a sofrer, se complicou e cresceu justamente no Estádio Monumental de Núñez, na Argentina.

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No momento em que o Fluminense caiu na chave do River Plate, o atacante Fred avaliou que "esses jogos dão corpo à equipe, dão confiança". Mal sabia o capitão que as duas partidas contra os argentinos seriam justamente aquelas das quais o Tricolor tiraria mais momentos positivos. Na estreia, o nervosismo do primeiro tempo acabou se tornando um sentimento de que poderia ter tido vitória naquele empate por 1 a 1 pela grande atuação depois do intervalo. Já nesta terça-feira, encerrando a fase de grupos, o Fluminense foi soberano na etapa inicial, sofreu além do necessário na reta final, mas soube matar o jogo.

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- A colocação mostra o que fizemos. Terminamos em primeiro, jogando fora de casa e dentro sempre para vencer os jogos. Saímos fortalecidos porque enfrentamos dificuldades de logísticas, de desgaste de jogadores. Nossa equipe cresceu muito mentalmente. Vimos que quando unimos força, podemos fazer muito. Quero parabenizar a todos e agradecer aos torcedores que acreditaram na gente - avaliou Fred após a partida.

O Fluminense teve vida dura nesta fase de grupos. A expressão "contra tudo e todos" começa a contar a trajetória de uma equipe que precisou se superar dentro e fora das quatro linhas. Além do sempre favorito River Plate, as duas idas à Colômbia geraram viagens horas antes de a bola rolar. Primeiro de Bogotá para Armênia e depois de Barranquilla para Guayaquil, no Equador. No primeiro, contra o Santa Fe, a expulsão de Egídio complicou ainda mais a missão, mas a equipe saiu vitoriosa. Contra o Junior, pesou o desgaste, mas o ponto fora de casa foi essencial.

No Maracanã, o que realmente jogou contra foi a própria equipe, que esbarrou em suas limitações. Ao longo da temporada, o time já vinha mostrando algumas dificuldades, especialmente no meio-campo, que chegaram ao limite na volta ao Rio de Janeiro. Contra o Santa Fe, a estrela de Caio Paulista brilhou, mas com o Junior Barranquilla não houve a mesma sorte e o Tricolor amargou a primeira derrota, que complicou a vida na fase de grupos, precisando decidir a vida na Argentina.

Com mudanças e um bom trabalho psicológico após o vice no Carioca, o Fluminense mostrou que não só pode bater de frente contra os favoritos como também é possível se impor. Regido por mais uma noite inspirada do decisivo Fred, o time mostrou seu tamanho. O grupo da morte se mostrou exatamente aquilo que era esperado, longe de ser tranquilo, mas apresentou lições valiosas para este time cheio de estreantes na Libertadores.

As oitavas de final devem acontecer a partir da segunda semana de julho, após a disputa da Copa América. O sorteio está previsto já para o próximo mês. O Fluminense volta ao campo neste sábado, na estreia do Campeonato Brasileiro contra o São Paulo, no Morumbi, às 21h.

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