Promissor, Matheus Martins oscila no Fluminense e recebe críticas na reta final do Brasileirão

Jovem chegou a ser considerado como substituto imediato de Luiz Henrique e teve um início de destaque, mas caiu de rendimento e conviveu com vaias contra o América-MG

Fluminense x Avaí - Matheus Martins
Matheus Martins caiu de produção no Fluminense nas últimas partidas (Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)

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Conhecida como fábrica de joias, a base do Fluminense tem revelado jovens promissores ao longo dos anos. Muitos deles ganharam o mundo com carreiras consolidadas na Europa. Com a saída de Luiz Henrique para o Real Bétis, da Espanha, coube a Matheus Martins o papel de principal jovem do setor ofensivo. Contudo, o jogador caiu de rendimento nos últimos jogos.

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Com apenas 19 anos, é natural que haja uma oscilação neste início de carreira entre os profissionais. Por causa do elenco enxuto, Matheus teve que se tornar solução de maneira quase que imediata. E não é fácil substituir um companheiro que saiu em alta com a torcida e chamou atenção do Velho Continente.

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As comparações são inevitáveis e algumas vezes cruéis com um atleta tão jovem. O camisa 37 é promissor e está na lista da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como uma das 18 maiores joias do futebol nacional. O atacante faz parte de uma geração considerada de ouro dentro do Fluminense com nomes como: Metinho, Kayky, Arthur, Jefté, entre outros. 

Ágil e talentoso, a joia tricolor tem como característica buscar o drible, com boa movimentação para quebrar linhas e finalizar. De forma vertical, passou a despertar o interesse de equipes europeias como a Udinese, da Itália, que ainda tem acompanhado de perto sua evolução.

Em agosto, Matheus já tinha estufado a rede cinco vezes e dado duas assistências na temporada. Ativo do clube, sua venda é vista com bons olhos para equilibrar os cofres mais para frente, algo recorrente nas Laranjeiras. Foram inúmeras saídas de jogadores revelados em Xerém nos últimos anos, que se tornaram alvo de críticas pelos valores acordados.

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Sendo assim, as atuações do jovem, que saiu do campinho de terra do bairro Mário Covas em Campo Grande (MS), entraram em declínio junto com a equipe. A última partida em que esteve em campo os 90 minutos completos foi na sonora goleada por 4 a 0 sobre o lanterna Juventude, no Rio de Janeiro.

Diante do Coelho, no domingo, conviveu pela primeira vez com as vaias e críticas da torcida ao ser pouco participativo e praticamente errar tudo que tentou. E, por opção técnica e táctica de Fernando Diniz, foi substituído ainda no intervalo. No jogo anterior, contra o Dragão, foi sacado do time para a entrada de Nathan.

Segundo dados do 'Footstats', a quantidade de duelos individuais diminuiu (23 posses de bola perdidas em seis jogos), o que reflete uma das críticas. Aquele atleta que busca o drible para explorar os espaços deu lugar a atuações mais apáticas, lentas e facilmente presas à marcação.

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Nas últimas seis partidas, foram treze finalizações, com apenas três em direção ao gol. Em relação aos passes para deixar o companheiro em condição de finalizar, foram apenas três. Números bem abaixo de seu melhor momento, em agosto. Por fim, caberá ao comandante potencializar o talento de seu atleta e entender o contexto para não queimá-lo de forma desnecessária em um momento crucial do ano.

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